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Violências/Tailândia

Protestos na Tailândia deixam 4 mortos e mais de 60 feridos

Violentos confrontos entre policiais e manifestantes antigoverno nesta terça-feira (18) deixaram 4 pessoas mortas: um policial, dois manifestantes e uma quarta pessoa ainda não foi identificada. Outras 64 pessoas também ficaram feridas e centenas de opositores foram presos.

Policiais tentam ultrapassar as barricadas diante da sede do governo em Bancoc, na Tailândia, nesta terça-feira (18).
Policiais tentam ultrapassar as barricadas diante da sede do governo em Bancoc, na Tailândia, nesta terça-feira (18). REUTERS/Athit Perawongmetha
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As violências ocorreram durante uma operação policial que tinha como objetivo a retomada do controle de bairros ocupados por manifestantes. Há semanas, um grupo bloqueia a sede do governo para pedir a saída da premiê tailandesa Yingluck Shinawatra. Eles se recusam a aceitar o ultimato das autoridades para deixar o local.

O porta-voz do movimento opositor, Akanat Promphan, declarou que os manifestantes estão dispostos a não deixar mais que a equipe de Shinawatra trabalhe no local. “Não há outra solução além da demissão”, reitera.

Hoje, ao encontrar uma forte resistência dos manifestantes, os policiais intensificaram a repressão. Quando turistas começaram a registrar as cenas, as forças de segurança resolveram se retirar. Cerca de 150 manifestantes foram presos.

Uma porta-voz do governo garantiu que a polícia teria utilizado apenas balas de borracha. As forças de ordem tentavam evitar os confrontos com manifestantes desde a escalada das violências no final de dezembro. Mas as tensões aumentaram na última sexta-feira (14), quando os policiais desmantelaram um acampamento próximo à sede do governo. Logo após a operação, os manifestantes reconstruíram as barricadas.

Indiciada por negligência

A premiê Yungluck Shinawatra, será indiciada por "negligência" em um polêmico programa de subsídios aos produtores de arroz. Segundo a Comissão Anticorrupção Tailandesa, a premiê ignorou as advertências de que o programa provocaria corrupção e perdas financeiras.

Esse programa permitia a compra de arroz dos produtores por preços muito acima do mercado, mas vários rizicultores se queixam de não terem recebido nenhum pagamento últimos meses, o que aumenta a pressão contra o governo da premiê.

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