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A 100 dias da Copa, imprensa francesa alerta para os atrasos do Brasil

A crise na Ucrânia e os preparativos para a Copa do Mundo no Brasil a 100 dias do ponta pé inicial do torneio são os principais destaques dos jornais franceses desta terça-feira (4). Os jornais também falam em tensão para explicar o clima no Brasil com os atrasos nas obras e problemas de infraestrutura.

A 100 dias da Copa, jornais franceses destacam o Brasil e seus preparativos.
A 100 dias da Copa, jornais franceses destacam o Brasil e seus preparativos.
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Os 100 dias que faltam para o ponta pé inicial da Copa no Brasil são lembrados com destaques por vários jornais franceses. Aujourd'hui en France escreve que o carnaval está terminando com festa e alegria, mas que “os 100 dias que faltam para o Mundial lembram aos brasileiros que eles não terão direito a nenhum descanso este ano”. O Brasil continua sob tensão afirma o jornal, apontando os eternos atrasos nas obras para o Mundial.

Um carnaval de críticas, aponta o Le Monde, ressaltando, além dos atrasos, os problemas de transportes e a aumento da criminalidade. O Brasil está em festa, mas o clima é tenso diz também o Le Monde, anunciando que apenas 52% dos brasileiros são favoráveis à organização da Copa do Mundo no país.

Corrida contra o relógio

A louca corrida contra o relógio no Brasil é titulo da matéria do Le Figaro. O jornal conservador informa que a Fifa sonhava com uma grande celebração para marcar a contagem regressiva desses 100 dias e vai ter que se contentar com a iluminação discreta de estádios e monumentos nas doze cidades que vão sediar jogos durante a competição. Cinco dos 12 estádios ainda estão em obras, mas deverão ficar prontos a tempo, indica otimista o jornal.

A marca dos 100 dias cai em plena terça-feira de carnaval, ressalta também o L'Equipe. O Brasil desfila na avenida para fazer a festa, mas também para protestar contra os gastos exorbitantes para a organização da competição, analisa o jornal esportivo.

Escalada entre russos e ocidentais aumenta riscos de guerra na Crimeia

O risco de guerra na Crimeia está estampado na primeira página dos principais jornais franceses. “A guerra de Putin” é a manchete do Libération. O jornal de esquerda se pergunta até onde irá o presidente russo e lamenta que os ocidentais encontrem dificuldades para dar uma resposta adequada à ofensiva militar na Crimeia.

O conservador Le Figaro faz a mesma análise: “os russos se instalam, a Europa hesita” critica o jornal. Le Figaro informa que os ocidentais tomaram apenas medidas de retaliação simbólicas após o aumento da pressão militar russa e da tensão no leste da Ucrânia.

Les Echos escreve que o ultimato de Putin para que a frota ucraniana se entregue aumenta o risco de guerra. O jornal econômico afirma que esta é a pior crise na Europa desde a guerra na ex-Iugoslávia. Esse clima de guerra fria provocou queda nas bolsas mundiais, principalmente na bolsa de Moscou, que perdeu ontem 10%. O banco central russo teve que intervir para frear a desvalorização do rublo, a moeda nacional.

L'Humanité diz que a Crimeia vive uma guerra de boatos. O jornal comunista anuncia que as barreiras policiais desapareceram ontem das ruas de Simferopol, a capital da península ucraniana, mas diversas provocações continuam a atrapalhar a vida dos moradores.
 

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