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Oscar Pistorius/julgamento

Pistorius se apresenta como “bom moço” e diz que tinha planos com namorada assassinada

A atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius volta a depor hoje no Tribunal de Pretória onde está sendo julgado pelo assassinato da namorada Reeva Steenkamp. Ontem, no primeiro dia do testemunho, Pistorius chorou muito e pediu perdão para a família de Reeva que foi morta por ele com quatro tiros em fevereiro de 2013.

Oscar Pistorius testemunha pela primeira vez diante de tribunal no dia 7 de abril.
Oscar Pistorius testemunha pela primeira vez diante de tribunal no dia 7 de abril. EUTERS/Themba Hadebe/Pool
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O atleta paralímpico Oscar Pistorius disse nesta terça-feira (8) diante do Tribunal de Pretória que ele e sua namorada Reeva Steenkamp tinham projetos de viver juntos. Pistorius disse que os dois foram apresentados por um amigo em comum e, que depois do primeiro encontro, passaram a se falar por telefone todos os dias “por seis dias”.

Depois do Natal, prosseguiu, “começamos a falar sobre o futuro. Nós planejávamos realmente viver juntos”. Com as mãos trêmulas enquanto falava, Pistorius disse que tinha a sensação de gostar mais de sua namorada do que ela dele.

Orientado por seu advogado, Pistorius tenta passar a imagem de um homem sensível e religioso, diferentemente da imagem de ciumento e violento. Ontem, ele chegou a deixar o tribunal em pratos, ao ser ouvido pelos juízes. No seu depoimento, ele falou durante muito tempo sobre seu amor pelos animais e pelo seu cachorro de estimação e sobre as dificuldades impostas pela sua deficiência. Ele também insistiu que sempre foi “disciplinado” e que nunca usou drogas ou substâncias ilícitas durantes as competições.

Versões conflitantes

A defesa do atleta argumenta que Pistorius atirou por engano na namorada por pensar que se tratava, na verdade, de um ladrão.  Mas, para a acusação, Pistorius premeditou a morte de sua namorada no dia 14 de fevereiro do ano passado. Os promotores descrevem o atleta paralímpico sul-africano como um homem maníaco e com um ciúme doentio. Um dos indícios apresentados é uma mensagem da namorada assassinada que escreveu para Pistorius: “Às vezes, você me dá medo”.

 

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