Libertados os jornalistas franceses presos há dez meses na Síria
Os quatro jornalistas franceses sequestrados em junho de 2013 na Síria foram libertados na madrugada deste sábado (19) e estão bem de saúde, segundo o comunicado do Palácio do Eliseu, em Paris. Eles devem desembarcar na França nas próximas horas.
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Didier François, repórter na rádio Europe 1, e Edouard Elias, fotógrafo, foram os primeiros franceses a ser sequestrados desde o início do conflito sírio, em março de 2011. O fato aconteceu no norte de Alepo, em 6 de junho do ano passado. Duas semanas depois, o jornalista da revista Le Point, Nicolas Hénin, e o fotógrafo freelancer Pierre Torres, foram capturados em Raqqa, no norte da Síria. Todos foram vítimas do grupo do Djihad EIIL, o Estado Islâmico no Iraque e o Sol Nascente.
Mãos atadas
Os ex-reféns foram encontrados na madrugada deste sábado por uma patrulha de militares no vilarejo de Akçakale, no sudeste da Turquia. Todos estavam com as mãos atadas e os olhos vendados. Eles foram conduzidos à delegacia local.
As primeiras fotografias das mídias turcas mostram os homens com cabelos longos e barba, aparentando boa saúde.
O anúncio da descoberta dos jornalistas foi feito pelo presidente francês François Hollande na manhã deste sábado. Hollande agradeceu a "todos os que permitiram uma saída feliz para o caso" e indicou que eles devem voltar rapidamente à França.
Quanto às negociações para a libertação dos jornalistas, nada foi filtrado.Pierre-Yves Hénin, pai de um dos homens, declarou que "estavam acontecendo contatos que podiam ser frutuosos, mas nada mais foi dito, havendo uma grande prudência na comunicação dos interlocutores".
Cerca de 30 jornalistas ainda estariam presos na Síria desde dezembro de 2013.
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