Brasil tem mais jornalistas mortos nas Américas, diz OEA
A OEA (Organização dos Estados Americanos) divulgou um documento nesta quinta-feira (24) mostrando que o Brasil e a Guatelama são os países mais que mais registraram assassinatos de jornalistas nas Américas. Os dados estão no Relatório Anual sobre Liberdade de Expressão, que mostra que o país registrou 26 casos em 15 anos.
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De acordo com o relatório, só entre 2011 e 2013 foram registradas 15 mortes, e o Brasil foi um dos países onde o número de jornalistas mortos mais cresceu.
Os protestos no país e a violência policial estão entre os fatores que explicam esse aumento, e tornam a profissão mais perigosa no Brasil e outros países da região. No total, 78 jornalistas morreram nos 35 países avaliados na pesquisa.
Em todo o continente, 18 profissionais foram mortos em 2013, todos na América Latina. A relatora, Catalina Botero, lembra que os jornalistas são vítimas de violência principalmente quando investigam denúncias de desrepeito aos direitos humanos ou casos de corrupção que envolvem política local.
O relatório também cita vários casos, como por exemplo o do reporter policial do jornal “Vale do Aço”, em Minas Gerais, Rodrigo Neto de Faria, atingido por dois tiros em Ipatinga. Um dos suspeitos é um policial, que foi indiciado.
O documento também aponta avanços em relação às medidas adotadas para evitar esses crimes. Elas consistem, em grande parte, na condenação de assassinos de jornalistas. O relatório ainda cita o Grupo de Trabalho sobre direitos humanos dos profissionais de mídia, criado recentemente.
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