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Rússia/sanções

EUA e União Europeia anunciam novas sanções contra Rússia

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (28) novas sanções contra sete autoridades russas, todas próximas ao presidente russo Vladimir Putin, e 17 empresas russas. As medidas foram criadas em represália ao que o presidente norte-americano Barack Obama classificou de “atos de provocação” na Ucrânia. A União Europeia declarou que vai adicionar 15 nomes à lista.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que as novas sanções contra a Rússia são devido aos "atos de provocação" na Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou que as novas sanções contra a Rússia são devido aos "atos de provocação" na Ucrânia. REUTERS/Francis R Malasig/Pool
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A decisão foi anunciada após a reunião entre representantes americanos e 28 embaixadores de países membros da UE em Bruxelas. A informação foi divulgada em um comunicado em Manila, nas Filipinas, onde Obama realiza uma visita de Estado.

“Os Estados Unidos decidiram por novas ações hoje em resposta à continuação da intervenção ilegal da Rússia na Ucrânia e a seus atos de provocação que prejudicam a democracia” no país e “ameaçam a paz, a segurança, a estabilidade, a soberania e a integridade nacional” da Ucrânia, diz o documento assinado pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Washington também pretende revisar as condições de exportação à Rússia de alguns equipamentos de alta tecnologia que podem ter utilização militar.

No sábado (26), os Estados Unidos já haviam adiantado a imposição das medidas em razão, após a prisão de oito integrantes da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Slaviansk, leste a Ucrânia. Apenas um observador, de nacionalidade sueca, foi libertado, na noite de segunda-feira, devido a seu estado de saúde frágil, já que ele é diabético.

Uma primeira série de sanções contra Moscou e integrantes do movimento separatista na Ucrânia já havia sido aplicada pelos Estados Unidos e a União Europeia em março, em resposta à anexação da Crimeia. A decisão, no entanto, não trouxe nenhum resultado concreto sobre a crise no leste europeu.

Repugnada

Moscou se disse “repugnada” com o anúncio das sanções contra próximos de Putin e empresas russas. “O comunicado da Casa Branca nos inspira asco”, declarou o ministro adjunto das Relações Exteriores, Serguei Riabkov. Para ele, a iniciativa americana demonstra “uma ausência total de compreensão de Washington sobre o que acontece na Ucrânia”.

Riabkov também declarou que a a Rússia pretende dar uma resposta aos Estados Unidos. “Temos certeza que esta resposta terá um efeito doloroso para Washington”, ameaçou dizendo que Moscou tem uma vasta gama de opções para retaliar.

Represálias econômicas

A UE deve pretende adicionar mais 15 nomes à lista anunciada pelos Estados Unidos. A porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrendkilde Hansen, disse que as medidas são relativas a uma situação na qual não há “recuo” por parte do movimento separatista pró-russo no leste na Ucrânia, apoiado por Moscou. “Nós consideramos as sanções da ‘fase 2’ como o nível mais apropriado para este momento, e que podem evoluir para a fase 3”, declarou referindo-se a possíveis represálias de ordem econômica.

Muitos países europeus temem, no entanto, que a imposição de sanções de ordem econômica possam provocar medidas de retaliação por parte de Moscou, especialmente sobre a importação de gás russo, do qual muitos dependem.

O chefe da diplomacia de Luxemburgo, Jean Asselborn, fez um apelo para que Moscou tome alguma iniciativa prática para amenizar as tensões no leste ucraniano. “Entendo que os russos não controlam todos os agitadores na Ucrânia. Mas eles podem começar a mudar a situação se retirarem suas tropas nas regiões fronteiriças”, estimou.

Insurgentes tomam mais uma prefeitura

Na manhã desta segunda-feira, cerca de 20 insurgentes fortemente armados tomaram a prefeitura de Kostiantynivka, cidade de 80 mil habitantes no leste da Ucrânia, a 20 quilômetros de Donetsk, capital da região. No local, eles hastearam uma bandeira com a inscrição "República de Donetsk" e construíram barricadas.

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