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Parlamento Europeu

República Tcheca bate recorde de abstenção; partidos pró-europeus estão na frente

Letônia, Malta e Eslováquia, países que integraram a União Europeia em 2004, votam neste sábado (24) na terceira rodada das eleições para renovação do Parlamento Europeu. Pesquisa de boca de urna na República Tcheca, onde foi possível votar durante dois dias, indica que o partido anti-imigração Aurora (Usvit, em tcheco) sofreu um revés.  

O líder do movimento centrista e populista ANO, Andrej Babis, deposita seu voto na urna em Praga.
O líder do movimento centrista e populista ANO, Andrej Babis, deposita seu voto na urna em Praga. REUTERS/David W Cerny
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A Letônia envia oito deputados ao Parlamento Europeu, Malta, seis, e a Eslováquia, 13. O maior "inimigo" destas eleições é a falta de interesse dos eleitores pelo pleito, o que promete novos recordes de abstenção. Para dar uma ideia, na eleição passada, em 2009, menos de 20% dos eslovacos foram às urnas, e as pesquisas sugerem que a abstenção pode ser ainda maior nesta edição.

Os tchecos, que puderam votar durante dois dias para eleger 21 eurodeputados, ontem e hoje, bateram um novo recorde de abstenção: 80%, segundo uma projeção da agência de notícias CTK. 

De acordo com uma pesquisa de boca de urna do jornal Dnes, de Praga, três partidos pró-europeus registraram os melhores resultados na votação: o conservador TOP 09 (18%), o partido Partido Social Democrata CSSD do primeiro-ministro Bohuslav Sobotka (17%) e o movimento centrista e populista ANO (15,5 %). O movimento anti-imigração Aurora (Usvit) teria perdido espaço no cenário político com apenas 2% dos votos. Três partidos menores, um comunista, um cristão-democrata e outra sigla conservadora, teriam conquistado os 5% de votos necessários para enviar deputados ao Parlamento Europeu.

Nas eleições europeias anteriores, em 2004 e 2009, a taxa de participação dos tchecos tinha sido de aproximadamente 28%. O país é conhecido por seu "euroceticismo". "Os eleitores tchecos nem sempre conseguem se identificar com a União Europeia", comentou o sociólogo Jaromir Volek para o canal público CT.

"As pessoas não levam a sério o bastante a problemática europeia. Eles estão errados ao acreditar que não serão afetados", disse o presidente tcheco, Milos Zeman, depois de votar sexta-feira em Praga.

"Um número crescente de pessoas percebe que a tentativa de centralizar artificialmente a Europa em Bruxelas é um erro", afirmou o ex-presidente tcheco Vaclav Klaus, que dirigiu o país durante uma década e é conhecido por suas opiniões críticas em relação à União Europeia.

Eleição termina domingo com votação em 21 países

As eleições europeias, oitava votação desde 1979, terminarão neste domingo com a votação simultânea em 21 Estados do bloco, incluindo a França. Os resultados dos 28 países membros serão anunciados no domingo a partir das 23h na Europa, 19h no horário de Brasília, quando as últimas urnas terão fechado na Itália.

Todas as pesquisas preveem um crescimento dos partidos "eurocéticos" e de extrema-direita, em consequência do elevado nível de desemprego no bloco e a frágil recuperação econômica na zona do euro.

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