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Estreia da Copa

Execução do hino foi momento de "comunhão" entre a seleção e a torcida, diz imprensa

O jornal Aujourd'hui en France afirma nesta sexta-feira (13) que Jennifer Lopez, que cantou na abertura, não foi páreo para a principal atração do dia: a estreia da seleção brasileira na Arena Corinthians, em São Paulo. O hino cantado a plenos pulmões pelo estádio e pelos jogadores foi um momento de "comunhão", escreve o jornal. Torcedores e a seleção continuram a cantar a capela após a interrupção da parte instrumental numa versão reduzida.

Jogadores da Seleção cantam o hino antes de jogo de estreia contra a Croácia.
Jogadores da Seleção cantam o hino antes de jogo de estreia contra a Croácia. REUTERS/Kai Pfaffenbach
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Quanto à partida inaugural, Aujourd'hui en France avalia que ela foi uma sequência de altos e baixos: um gol contra logo no começo do jogo e uma atuação brilhante de Neymar. O árbitro, o japonês Nishimura, deu uma mãozinha e ofereceu um "presente generoso" aos brasileiros ao marcar um pênalti mais do que duvidoso para a seleção brasileira. Neymar, que já havia salvado a equipe ao marcar o gol do empate, cobrou o pênalti. O último gol de Oscar selou a vitória e foi um alívio para a torcida que encheu o Itaquerão.

Neymar, autor de dois gols da vitória contra a Croácia, aparece como "salvador da pátria", na avaliação unânime da imprensa francesa.

Fred

Se o árbitro japonês foi apontado como incompetente por grande parte da imprensa mundial ao apitar um pênalti a favor do Brasil, Fred foi eleito como vilão por Stéphane Lannoy, juiz entrevistado pelo jornal Le Monde. "O que me chocou não foi o erro de Nishimura mas, sim, a simulação de Fred". Para Lannoy, Fred abusou da confiança do árbitro. "Não é fácil. O juiz tem apenas uma visão parcial. Tudo o que ele consegue ver é o zagueiro [croata]", avalia. Dessa forma, ao ver a queda de Fred na pequena área, "ele pensa que ala foi provocada pelo jogador croata", conclui.

Protestos

Os protestos, a apenas algumas horas da estreia do Brasil, não foram esquecidos. O correspondente do jornal Les Echos em São Paulo, Thierry Ogier, avalia que a polícia teve muita dificuldade para controlar os mais radicais que participavam dos protestos em São Paulo. Na avaliação do jornalista, diferentemente dos metroviários ou de outras categorias que protestam por melhorias salariais ou sociais, os jovens anti-Copa radicais são, muitas vezes, violentos.

O jornal Aujourd'hui en France destaca a ação policial "violenta" com certa ironia. "Protestar ontem, em São Paulo, era a melhor maneira para apanhar, ser atingido por bombas de gás lacimogêneo ou ser agredido". O jornal popular também escreve que os manifestantes tinham o objetivo de chegar até a Arena Corinthians e impedir a entrada dos ônibus das seleções do Brasil, da Croácia e os carros oficiais da Fifa. Mas, rapidamente, eles se deram conta de que essa seria uma missão impossível. As forças policiais, com um efetivo muito maior que o número de manifestantes, sufocaram os protestos.

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