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Meio ambiente/ natureza

Recifes de corais do Caribe podem desaparecer em 20 anos

A maioria dos recifes de corais do Caribe pode desaparecer em 20 anos, devido à pesca intensiva dos peixes que se alimentam de algas, que se proliferam e sufocam os corais, além da diminuição do número de ouriços-do-mar, que ajudam a proteger os recifes. O alerta foi dado pela ONU nesta quarta-feira (2).

Recifes de corais no arquipélago de Santo André, Providência e Santa Catarina, na Colômbia.
Recifes de corais no arquipélago de Santo André, Providência e Santa Catarina, na Colômbia.
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Atualmente, resta apenas um sexto dos corais que existiam antigamente no Caribe, de acordo com um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a União Internacional pela Conservação da Natureza (UICN). Conforme a pesquisa, a partir dos anos 1970, 50% da superfície ocupada pelos corais nessa região desapareceu.

“Os recifes de corais do Caribe foram atingidos intensamente a partir dos anos 1980, devido à atividade humana”, constatam os especialistas, citando a explosão demográfica, a pesca e a poluição da costa como as causas do problema.

Durante muito tempo, as mudanças climáticas eram apontadas como as responsáveis pela degradação dos corais. As alterações do clima permanecem uma "ameaça séria", ao beneficiar a acidificação dos oceanos e clarear os corais, o que resulta no fim do crescimento deles. Entretanto, os fatores climáticos hoje são minimizados pela ONU.

Equilíbrio afetado

O relatório mostra que a quase extinção dos peixes-papagaios, em decorrência da pesca excessiva, e dos ouriços-do-mar, por uma doença desconhecida, são as principais causas para explicar o declínio dos corais caribenhos. Os dois animais são os que mais equilibram a quantidade de algas que cobrem e matam os recifes, ao se alimentarem dessas plantas.

"Com algas demais, fica difícil de revitalizar os corais", lamenta Carl Gustaf Lundin, diretor do Programa do Meio Marinho e Polar da UICN, que defende um maior controle da pesca na região, principalmente nas proximidades da costa. Lundin também afirma que o número de hoteis à beira-mar deveria ser limitado, além de a água do esgoto receber um melhor tratamento antes de ser despejada no mar.
 

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