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Le Monde vê “campanha perigosa” para Dilma Rousseff

O jornal francês Le Monde publica neste sábado (12) uma reportagem sobre a campanha presidencial no Brasil, que começou em plena Copa do Mundo. O diário avalia que o período pré-eleitoral vai ser “perigoso” para a presidente Dilma Rousseff – ainda não se sabe quais serão os efeitos da derrota histórica do Brasil para a Alemanha, por 7 a 1, na semifinal do Mundial disputado em casa.

Presidente Dilma Rousseff concedeu várias entrevistas ao longo da semana.
Presidente Dilma Rousseff concedeu várias entrevistas ao longo da semana. REUTERS/Ueslei Marcelino
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O Le Monde destaca que Dilma tem feito uma “ofensiva midiática incomum” desde a derrota, principalmente junto aos veículos internacionais. A presidente convidou os correspondentes estrangeiros ao Palácio da Alvorada na sexta-feira, quando ressaltou os méritos do seu governo, como a luta contra a pobreza e o legado para o Brasil das infraestruturas construídas para a Copa.

Na ocasião, Dilma considerou que o desempenho da seleção brasileira na competição não terá efeito sobre as eleições. A chefe de Estado lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito em 2006, mesmo após o Brasil ter perdido para a França nas quartas de final. “Ela omitiu de especificar, entretanto, que o Brasil jamais teve de engolir uma humilhação e uma catástrofe esportiva como a ocorrida no dia 8 de julho, no estádio Mineirão”, observou o jornal.

O Le Monde lembra que “após meses de tensão social”, o Brasil entrou em uma “doce euforia” no início da Copa. A animação chegou a contaminar as pesquisas de opinião sobre a presidente, que pela primeira vez registrou alta de popularidade desde os protestos de junho de 2013. Mas a “derrota humilhante” para a Alemanha “afundou o país num abismo de perplexidade” e as consequências políticas desse “fracasso” ainda são incertas, afirma o diário.

Retorno de Lula

A reportagem lembra que, enquanto isso, Lula, “o melhor cabo eleitoral da presidente”, “voltou e mostra que voltou”. O Le Monde avalia que o “capital de simpatia e sedução” do ex-presidente permanecem “quase intactos”.

Agora, o petista dá a entender que terá um papel mais ativo em um eventual segundo mandato de Dilma – e isso se não voltar a se candidatar em 2018, constata o jornal francês. O texto destaca que, em entrevistas recentes, Lula disse que já terá 72 anos nas próximas eleições, “mas na política a gente nunca pode dizer não”.
 

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