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Jornais criticam fracasso da política econômica de Hollande

Dois assuntos dominam as manchetes dos jornais franceses nesta quinta-feira (11): o fracasso da política econômica do governo socialista de François Hollande e o plano de ação de Barack Obama contra os jihadistas do Estado Islâmico.

Capa dos jornais franceses Le Figaro e Libération
Capa dos jornais franceses Le Figaro e Libération
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O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, anunciou ontem novos índices péssimos para a economia francesa. O governo socialista não consegue diminuir o déficit público, corrigido para 4,4% do PIB neste ano e 4,3% em 2015, e se vê obrigado a fazer novos cortes nos gastos, que serão traduzidos em menos serviços à população, principalmente na área da saúde. O crescimento também será menor do que o previsto, de apenas 0,4% em 2014 e 1% em 2015.

"É um naufrágio", afirma em manchete o Le Figaro. O Le Monde diz em sua primeira página que o governo socialista "está paralisado pelo fracasso de sua política econômica". O jornal ressalta que a Comissão Europeia está irritada com a incapacidade da França de manter metas de controle das contas públicas, o que remete à manchete do Les Echos. O diário especializado em economia declara que um déficit público dessa dimensão representa o descrédito da França na Europa.

Para o jornal de esquerda Libération, Hollande está diante de um impasse. O líder socialista perdeu os dois primeiros anos de seu mandato com uma política econômica equivocada, que exigiu sacrifícios em vão da população. Para os próximos três anos, Hollande propôs um plano de redução de impostos das empresas, na esperança de relançar a economia. O problema é que os resultados, se aparecerem, só virão no final do mandato. Para o Libération, Hollande não tem escolha: ou mantém esse plano até o fim ou vai perder de vez a credibilidade.

O diário popular Aujourd'hui en France revela que a carga tributária aumentou tanto no ano passado que muitos franceses não sabem como farão para pagar o Leão.

Plano de Obama

O Libération afirma que, para dar certo, o plano de ação de Barack Obama contra os jihadistas do Estado Islâmico precisa reunir um bom número de países, "uns 40 parceiros", como calcula a Casa Branca. A questão de atacar os combatentes do grupo na Síria será espinhosa pela provável oposição da Rússia, avalia o Libération.

Le Figaro concorda que a Síria é a etapa mais difícil da equação. A França está disposta a lançar ataques aéreos contra os jihadistas [Hollande já queria intervir militarmente na Síria desde o ano passado e acha que a cautela de Obama foi prejudicial à região], mas a empreitada não será fácil. Um diplomata explica ao Figaro que a França quer ter um papel ativo na planificação das operações, e não "ser apenas um peão às ordens de Washington".
 

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