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Imprensa

Depois de Abilio Diniz, Carrefour se fecha a outros investidores brasileiros

O Carrefour encontrou um aliado para acelerar sua expansão no Brasil, informa o diário econômico Les Echos na sua edição desa sexta-feira (19). O gigante francês do varejo confirmou a entrada de Abílio Diniz no capital da filial brasileira do Carrefour, uma manobra visando fortalecer a presença e o desenvolvimento da empresa no país.

Grupo Carrefour sela parceria com Abilio Diniz no Brasil.
Grupo Carrefour sela parceria com Abilio Diniz no Brasil. AFP/ Mychele Daniau
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Através da Península, empresa de investimentos da família Diniz, Abílio desembolsou € 525 milhões de euros (R$ 1,8bilhão) para obter 10% entrar no capital do Carrefour.

Segundo o jornal, a transação começou em setembro e foi fechada discretamente. O negócio valorizou a Carrefour Brasil em mais de € 6 milhões, bem abaixo dos € 9 milhões esperados pelos analistas, notou a agência Reuters, citada pelos Les Echos. Em uma conferência telefônica feita no Brasil, o presidente da Carrefour, Georges Plassat, explicou que o valor pago por Diniz envolve um bônus de 40% correspondente ao valor subjacente da empresa.

Um comunicado publicado pelas duas partes informa que Diniz pode aumentar para 16% sua participação no Carrefour Brasil nos próximos cinco anos. Diniz terá duas cadeiras no Conselho de Administração e vai integrar os comitês de estratégia e de recursos humanos. Plassat também confirmou que não está prevista a abertura da empresa para outros investidores brasileiros, escreve o diário econômico.

Planos de investimentos

Ao descrever as ambições do Carrefour Brasil, o presidente confirmou o plano para investir nas lojas Atacadão, com seus 110 pontos de venda, e na rede de 41 supermercados que ganharão um novo perfil de maior proximidade com os clientes. A renovação de 102 hipermercados também está na agenda. "A intenção é passar de um grupo de dimensão internacional para uma dimensão multilocal, multiforme e multicanal", segundo as palavras de Georges Plassat.

Les Echos também afirma que Abílio Diniz não se incomoda em se tornar concorrente do grupo Pão de Açúcar, que passou para as mãos do grupo francês Casino. "O passado é passado e eu vivo no presente", disse Diniz.

O diário econômico termina o artigo comentando que Abílio Diniz continua exercendo a presidência da gigante de alimentação BRF. Mas não há conflito algum de interesses, garante o empresário brasileiro.

 

 

 

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