Enfermeira britânica com ebola está em estado gravíssimo
A enfermeira britânica de 39 anos que foi contaminada pelo vírus ebola em Serra Leoa permanece em um estado gravíssimo. O boletim médico divulgado pelo hospital Royal Free, em Londres, informa que nos últimos dois dias a saúde da enfermeira piorou muito.
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A equipe médica tentou, sem sucesso até o momento, uma combinação de tratamentos experimentais com o consentimento da enfermeira Pauline Cafferkey. Entre eles, um medicamento antiviral e transfusões de plasma de um paciente que sobreviveu ao ebola. O objetivo da equipe médica é que os anticorpos desse sobrevivente pudessem ajudar a enfermeira a lutar contra o vírus.
Segundo Hugh Pennington, especialista em microbiologia, a enfermeira conta com a sorte para sobreviver. “O [transplante de plasma] é a sua maior esperança", avaliou. Pauline Cafferkey está em isolamento total com acesso restrito apenas a poucos profissionais. A cama da paciente é coberta por uma tenda que conta com um sistema autônomo de ventilação. O objetivo é evitar qualquer risco de contaminação.
Soro experimental Zmapp está esgotado
O principal medicamento experimental contra a febre hemorrágica é o soro Zmapp produzido nos EUA. O hospital londrino tentou receber doses dessa droga, mas por ser produzida apenas em uma escala muito pequena, não está mais disponível no momento.
O novo chefe da Missão da ONU para a luta contra o ebola, Ismail Ould Cheikh Ahmed, disse que a organização não tem um “plano B”. “Temos que vencer esse vírus", declarou. "Essa é uma crise mundial e temos, sem dúvida alguma, um período difícil pela frente”. Em quase um ano, a epidemia de ebola já matou cerca de 8 mil pessoas. Serra Leoa, Libéria e Guiné são os países mais atingidos.
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