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Imprensa

"Somos todos Charlie", escrevem jornais franceses

"Somos todos Charlie". Esse é o tom dos jornais franceses na manhã desta quinta-feira (8). A imprensa, assim como os franceses, se mostra perplexa e assustada com a barbárie do ataque contra a sede do jornal Charlie Hebdo.

Capa do jornal Libération nesta quinta-feira, 8 de janeiro de 2015.
Capa do jornal Libération nesta quinta-feira, 8 de janeiro de 2015. reprodução/Libération
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"Somos todos Charlie". A frase escrita sobre um fundo negro é a capa do jornal Libération nesta quinta-feira (8). Em um editorial emocionado, o jornal afirma que, apesar do atentado, Charlie Hebdo "viverá". "Contra os lápis, os fuzis e as balas. Eles sacaram kalashinikovs", escreve o editorialista Laurent Joffrin em um tom indignado.

"Ao matarem os nossos amigos, eles nos feriram, mas também nos fortaleceram", escreve o Libé. Para o jornal, esse atentando é um ataque à liberdade. E, para defender esse bem precioso, é preciso "perseguir sem trégua os criminosos, julgá-los e prendê-los". "Que eles tenham a punição merecida. Nem mais, nem menos", conclui o jornal.

Le Figaro

O jornal Le Figaro escreve na manchete: "A liberdade assassinada". A capa do jornal Le Figaro resume, assim,  o dia de ontem. Uma grande foto mostra os dois terroristas armados em ação em plena luz do dia em Paris. Fotos menores destacam os quatro cartunistas e o colunista do jornal Charlie Hebdo que foram assassinados ontem. E o editorial é claro: a França está em guerra. "Essa é uma guerra de verdade, mas ela não é feita por soldados, mas, sim, por assassinos das sombras", diz o texto. Para o jornal, essa guerra opõe "o fanatismo islâmico" e o "Ocidente, a Europa e os valores democráticos".

Diante disso, escreve Le Figaro, a hora é de união. Em um raro elogio a François Hollande, o jornal conservador disse que o presidente teve uma postura "muito digna" no seu pronunciamento de ontem e soube usar "as palavras necessárias" em um momento tão difícil para a população. O jornal também elogia os representantes da comunidade muçulmana na França que foram unânimes em condenar o atentado.

Em passeata, milhares de franceses defenderam a liberdade

A primeira página do Aujourd'hui en France mostra vários manifestantes com cartazes onde se lê "Je suis Charlie" (eu sou Charlie, em português). A frase tornou-se, rapidamente, um slogan de união contra o horror do ataque de ontem. Ao jornal, vários franceses responderam sobre o sentimento ante esse atentado terrorista. Angústia, tristeza, surpresa... essas são algumas das reações. Para o jornal, o dia 7 de janeiro de 2015 é comparável ao 11 de setembro de 2011 para os americanos.

Testemunhas relatam o horror

Algumas testemunhas que estavam em um prédio vizinho ao da redação relataram as cenas de horror após a passagem dos terroristas. "Fui uma das primeiras pessoas a entrar na redação do Charlie Hebdo para ajudar as vítimas. Foi um massacre. Uma carnificina", conta um jornalista de uma produtora de televisão.

"Os atiradores entraram em todas as salas da redação. Fiz o que pude para ajudar. Um dos paramédicos me pediu para conversar com uma das vítimas. Ele tinha sido baleado na perna. Foi muito difícil", disse para o Aujourd'hui en France.

 

 

 

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