Prisioneiros de guerra serão trocados na Ucrânia
Cerca de 40 prisioneiros ucranianos e separatistas devem ser trocados neste sábado (21) em Lugansk, região ucraniana dominada pelos insurgentes pró-russos. A libertação dos prisioneiros de guerra estava prevista no acordo de cessar-fogo que entrou em vigor no domingo (15).
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Essa vai ser a primeira operação deste tipo desde o início do ano. A troca será uma nova etapa do acordo de paz assinado em Minsk em 12 de fevereiro, que vem sendo descumprido pelas duas partes envolvidas no conflito.
O texto diz que “todos os prisioneiros e reféns” devem ser libertados. A retirada do material bélico, também prevista no acordo, até agora também não foi cumprida.
“Essa troca foi muito difícil de organizar. Faz um mês e meio que estamos trabalhando nisso”, disse à agência de notícias AFP a representante separatista para os direitos humanos, Daria Morozova. Alguns dos prisioneiros ucranianos foram feridos em Debaltseve, enquanto eram transportados de ônibus de Donetsk a Lugansk, os dois focos de ocupação dos insurgentes.
De acordo com Kiev, 110 soldados ucranianos foram capturados nesta semana, enquanto tentavam deixar Debaltseve, tomada pelos pró-russos na quarta-feira. Cercado pelos separatistas, o exército abandonou a cidade. Um conselheiro do presidente Petro Porochenko informou que 179 militares morreram em um mês de confrontos em Debaltseve e 81 permanecem desaparecidos.
Sanções adicionais
Enquanto isso, em Londres, o Reino Unido e os Estados Unidos afirmaram que podem aplicar novas sanções contra a Rússia, em represália ao envolvimento de Moscou no conflito ucraniano. O anúncio foi feito neste sábado, durante uma visita do secretário de Estado americano, John Kerry, à Grã-Bretanha.
Depois de se encontrar com o chanceler britânico, Philip Hammond, Kerry disse que os dois países pensam em adotar “sanções suplementares” contra a Rússia – que, segundo o secretário de Estado, tem um comportamento “extremamente covarde” na Ucrânia.
Manifestações
Em Kiev, continuam as homenagens ao primeiro ano de conflito armado na Ucrânia, celebrado na sexta-feira. Milhares de ucranianos depositam flores na praça Maidan, onde mais de 100 pessoas morreram entre 20 e 22 de fevereiro do ano passado.
Já em Moscou, cerca de 35 mil pessoas organizaram um protesto “anti-Maidan”. Os manifestantes apoiam os separatistas pró-russos e a ação do presidente Vladimir Putin na crise ucraniana.
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