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Eleição

Frente Nacional lidera pesquisa para eleições departamentais na França

Faltando um mês para as eleições departamentais na França, o jornal conservador Le Figaro traz nesta segunda-feira (23) uma pesquisa de opinião com as intenções de voto dos franceses, com más notícias para as forças políticas mais tradicionais do país, de esquerda e de direita.

Capa do jornal francês Le Figaro desta segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015.
Capa do jornal francês Le Figaro desta segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015.
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O levantamento mostra que a vitória do partido de extrema-direita Frente Nacional na última eleição para o parlamento europeu não foi fato isolado. O partido continua a contar com o apoio de maior parte dos franceses. Pelo menos 30% dos entrevistados dizem que pretendem votar em candidatos do partido de Marine Le Pen, seguido de perto pelas intenções de voto no UMP, o tradicional partido de direita da França.

Um total de 28% dos eleitores diz que votará no partido liderado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, que em entrevistas recentes andou reforçando sua rejeição a qualquer tipo de aliança com a Frente Nacional. Sarkozy disse que qualquer líder local do UMP que tentar algum tipo de aliança com o partido de Le Pen será automaticamente expulso da sigla.

A pesquisa ainda mostra o Partido Socialista vindo em terceiro nas intenções de voto, descolado do pelotão de frente, com apenas 20%. Le Figaro, jornal mais próximo à direita, aproveita para alfinetar os socialistas em seu editorial, dizendo que o "velho" Partido Socialista assiste, desorientado e impotente, ao seu próprio desaparecimento. Mas também faz um alerta à direita tradicional, dizendo que é preciso começar a agir para evitar a ascensão da Frente Nacional.

Les Echos

O jornal Les Echos traz também nesta segunda-feira um artigo do cientista político Dominique Moïsi que dá a dimensão do momento complicado que vive a Europa. Ele convoca os europeus a "despertarem" para o momento de conflitos que vive o continente. O professor ressalta que, a uma distância de menos de três horas de voo, "os canhões estão atirando", em uma referência ao conflito na Ucrânia.

Além disso, Moïsi afirma que, três anos após a queda de Kadafi, a Europa precisa começar a se questionar se não seria hora de uma nova intervenção na Líbia, que está afundada em uma crise política e social. O cientista político diz que é o momento de o continente aumentar o orçamento de Defesa e voltar a ser a "potência dura" que já foi no passado.

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