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França/Síria

Visita de deputados franceses a al-Assad causa polêmica em Paris

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, condenou nesta quinta-feira (25) a viagem de um grupo de parlamentares franceses à Síria para um encontro com o presidenteç sírio Bashar al-Assad, a quem ele chamou "de açougueiro". O secretário-geral do Partido Socialista (PS, do presidente François Hollande), Jean-Christophe Cambadélis, disse que sancionará o membro da legenda que integra a delegação, Gérard Bapt.

Parlamentares franceses, de esquerda e de direita, se reúnem com presidente sírio.
Parlamentares franceses, de esquerda e de direita, se reúnem com presidente sírio. REUTERS/SANA/Handout via Reuters
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O premiê condenou com vigor nos canais BFMTV e RMC a iniciativa dos quatro deputados: Jacques Myard, da UMP (partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, de direita), Gérard Bapt (PS), que não se encontrou com Bashar al-Assad, o senador Jean-Pierre Vial (UMP), e o centrista François Zocchetto. A visita, que começou na terça-feira, foi a primeira iniciativa do gênero desde a ruptura das relações diplomáticas entre Paris e Damasco, em maio de 2012.

Quando o encontro foi anunciado, nesta quarta-feira, o porta-voz do governo Stéphane Le Foll preferiu não comentar o caso, tratando-o como uma “iniciativa pessoal” e “extra-oficial”. Mas, de acordo com Manuel Valls, “os parlamentares representam a soberania nacional que é o país”, e o fato de se encontrarem com um “açougueiro” é uma "falha moral.”

O mesmo termo, "açougueiro", também foi usado pelo secretário-geral do PS, Jean-Christophe Cambadélis. Em entrevista à rádio France Inter, o deputado socialista justificou a iniciativa dizendo que se tratava de uma visita “de caráter privado para encontrar o caminho da compreensão e da paz”.

“Muitos países europeus consideram esse governo como 'frequentável'”, insistiu Cambadélis. “É uma guerra civil”. O deputado do UMP Henri Guano pensa de outra maneira. À rádio Europe 1, ele declarou ser contrário às sanções, dizendo que, para se chegar a conclusão sobre o conflito, é preciso dialogar com al-Assad".

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