Artigo sobre efeitos nocivos da carne cita Brasil como líder mundial de abatedouros
O jornal de esquerda francês Libération lança uma ofensiva de sete páginas contra o consumo em excesso de carne vermelha, com o título em manchete "Treze razões para se comer menos carne". A fotografia é uma casquinha de sorvete com carne moída dentro. Neste dossiê especial, o jornal lembra que 299 bilhões de quilos de carne são consumidos anualmente no mundo, quatro vezes mais do que em 1960; nos países dos Brics, do qual o Brasil faz parte, o consumo aumentou 6,3% ao ano entre 2003 e 2012.
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Os motivos enumerados para nos afastarmos do "steak bárbaro", como ironiza o jornal, começam com a demonstração da capacidade de abate: 12 milhões de animais por ano. O artigo cita a companhia brasileira JBS como líder mundial no setor: a empresa mata diariamente 85 mil cabeças de gado, 70 mil porcos e 12 milhões de aves.
E são justamente as condições de criação e abate dos animais, o impacto climático com o uso de produtos de gás de efeito estufa em toda a cadeia produtiva e a reserva de 70% das terras agrícolas para pasto alguns dos pontos negativos citados por Libération. Além disso, são lembradas as consequências para o organismo, com dados da Organização Mundial de Saúde, que tem uma boa lista, da qual fazem parte a obesidade, o diabetes e as doenças cardiovasculares.
O longo estudo publicado pelo jornal termina com as pesquisas que vêm sendo realizadas para a produção da Carne in vitro.
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