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Imprensa

Médicos franceses organizam grande passeata contra reformas na saúde

A crise na saúde na França é o principal destaque dos jornais deste sábado. Na edição de hoje, o jornal Le Monde coloca na capa: “Médicos unidos contra um projeto de lei sobre a saúde”. Neste domingo (15), dezenas de organizações sindicais ligadas à categoria vão protestar em Paris.  

Na França, médicos protestam contra reforma na saúde.
Na França, médicos protestam contra reforma na saúde. Clarita/Everystockphoto
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Para os organizadores, antes mesmo de ver o resultado da passeata, elas já consideram o movimento histórico é o maior desde 1991. Um dos maiores motivos de descontentamento dos médicos é o item na nova legislação que determina que os pacientes não terão mais que pagar as consultas. Hoje, no sistema de saúde pública na França, o paciente paga a consulta diretamente para o médico e é reembolsado no mês seguinte.

O valor de base para uma consulta em um clínico geral é de €23 (R$78). Com a nova lei, seriam os médicos que teriam que esperar até o final do mês para serem pagos. Para a categoria, isso levaria a uma desvalorização da profissão.

Outro item polêmico é a possibilidade de ser vacinado por farmacêuticos. Hoje a prática é restrita aos consultórios médicos ou postos de saúde. Para  Le Monde, os médicos estão insatisfeitos também com a falta de diálogo com o governo. A ministra da Saúde, Marisol Touraine, é considerada intransigente.

Franceses estão divididos sobre o teor da reforma

O jornal Le Figaro também destaca essa passeata de amanhã é informa que fisioterapeutas, médicos residentes também devem estar entre os 15 mil esperados na manifestação deste domingo. Mas o diário conservador revela que a população francesa se mostra dividida quanto ao apoio ao movimento dos médicos.

Em dezembro passado, houve uma greve da categoria contra esse projeto de lei. Na ocasião, a paralisação foi duramente criticada. Desta vez, os franceses estão longe do consenso. A maioria - cerca de 60% - aprova a proposta de não ter mais que pagar pelas consultas. Mas 58% acreditam que isso pode levar os franceses a serem mais descontrolados e irem ao médico sem necessidade, já que é "de graça".

 

 

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