Explosões químicas na China provocam 114 mortos
Explosões químicas no porto de Tianji, na China, já fizeram 144 mortos, provocando críticas e precoupação na população, enquanto as autoridades relativizam o incidente que está controlado.
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Uma alta patente do exército chinês confirmou, este domingo, 16 de agosto, a existência de centenas de toneladas de cianeto de sódio, produto altamente tóxico e explosivo, que em contacto com a água, no porto de Tianjin, estão na origem das duas explosões, do passado 12 de agosto.
Até ao fim da tarde, desta segunda-feira, 17 de agosto, não havia informações, mais detalhadas, do incidente que provocou as duas explosões, uma delas mais grave, devido à associação da água do sódio e acetileno, e que fizeram 114 mortos.
O primeiro-ministro Li Keqiang, deslocou-se ao porto de Tianjin, para dar garantias às populações preocupadas com a morte de familiares de que não há riscos de contaminação e que as pessoas vão ser realojadas.
Apesar de controlo da imprensa na China, mesmo assim, houve vários jornais que denunciaram a má gestão desta crise autoridades locais, a alta de transparência e informação e muitas questões sem respostas.
A imprensa chinesa noticiou que 700 toneladas de cianeto de sódio estavam armazanadas no porto de Tianjin, antes das explosões.
O jornal China Daily, pergunta, por exemplo, como é que produtos químicos tão perigosos obtiveram autorização para armazená-los em zonas populosas muito habitadas.
Mas já o Global Times, próximo do partido comunista, defende que na era digital, a gestão de crises não depende apenas de factos, mas, também, de outros factores e da opinião pública global.
Em termos de análises de especialistas internacionais, o brasileiro,Marcelo Kós Silveira Campos, Director da Divisão da Inspecção da OPAQ, Organizaçao para a política das armas químicas, a causa, sobretudo, da segunda explosão, foi o uso de água para tentar combater o acidente, que em contacto com o acetileno altamente explosivo conjugado com o sódio, provocam explosões.
Marcelo Kós, Director da Divisão da Inspecção da OPAQ, Organização para proíbição de armas químicas
Voltaremos a este assunto, no nosso programa, Ciência, desta terça-feira, 18 de agoSto.
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