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Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: DSP garante que "ninguém pode parar a vontade do povo"

Domingos Simões Pereira afirmou que "ninguém pode parar a vontade do povo". Perante milhares de pessoas, o primeiro-ministro demitido da Guiné-Bissau, sublinhou que os líderes do país devem ouvir o povo que é o detentor do poder.

RFI
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Num comício popular de apoio ao Governo, destituído pelo Presidente da República, Domingos Simões Pereira (DSP), afirmou que "ninguém pode parar a vontade do povo" e frisou que "é ao povo que pertence o poder. Expressou essa vontade e nós temos a obrigação de aceitar a vontade do povo".

Expressando-se em crioulo, perante milhares de pessoas, Domingos Simões Pereira sublinhou que "a moldura humana" que afluiu à Praça dos Heróis Nacionais, "mesmo debaixo da chuva" é sinal de "confiança nas acções do Governo", entretanto, demitido.

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Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro demitido da Guiné-Bissau

Vários dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) marcaram presença na concentração e enalteceram a determinação de as pessoas "só abandonarem a Praça dos Heróis Nacionais no dia em que o Presidente (José Mário Vaz) voltar atrás com a sua decisão".

"Só vamos sair daqui e voltar para os nossos afazeres no dia em que o Presidente anunciar um novo decreto a confirmar Domingos Simões Pereira como nosso legítimo primeiro-ministro", notou Botche Candé, antigo ministro do Interior.

O comício decorreu sem qualquer incidente.

De relembrar que o Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz (Jomav), demitiu na quarta-feira passada o Governo liderado por Domingos Simões Pereira, apesar dos apelos lançados dentro e fora do país para que não o fizesse.

Depois da demissão e nos termos da Constituição, Jomav pediu ao PAIGC na qualidade de partido vencedor das últimas eleições que indicasse um nome para primeiro-ministro. A força política voltou a propor Domingos Simões Pereira.

Entretanto nesta terça-feira José Mário Vaz continua a receber em audiência o corpo diplomático acreditado no país, entre eles o primeiro conselheiro e encarregado de negócios da Embaixada de França em Bissau. No final do encontro, Frédéric Merlet mostrou-se preocupado com a situação: "A França está preocupada. Desejamos estabilidade para o país e desenvolvimento. Apelamos as diferentes partes ao diálogo político a ultrapassarem os diferendos para que trabalhem conjuntamente".

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Frédéric Merlet, primeiro conselheiro e encarregado de negócios da Embaixada de França em Bissau

Declarações recolhidas por Mussá Baldé, correspondente em Bissau.

Noutro plano Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores de Angola, entrevistado por Liliana Henriques, demonstrou-se preocupado com a situação envolvendo os principais titulares dos órgão de soberania guineense.

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Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores

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