O nosso Convidado é Carlos Lopes, sub-secretário geral da ONU, para África, secretário-executivo da comissão económica desta organização mundial, com sede em Addis Abeba, visitou os nossos estúdios, para analisar connosco, os atentados de Paris, a imigração, África ou a Guiné Bissau."[Sobre os atentados de Paris] Preocupado, triste, senti, também, um ambiente de tristeza na cidade. Esta é uma cidade muito conhecida pela sua vivacidade, pela sua dimensão global, pela sua dimensão de diversidade, e estes atentados são de facto uma interpelação sobre o que se está a passar no mundo (...)"(...) É evidente que a situação é muito especial e portanto requer medidas de tipo especial."" (...) Existe uma interpretação sobre a legítima defesa na Carta das Nações Unidas, que se aplica a uma situação desta natureza. Normalmente, a disputa é mais sobre a interpretação do que se pode considerar legítima defesa, em vista do facto de que hoje em dia nós estamos perante um fenómeno completamente novo (...)""(...) E portanto, é legítimo, que a França, como país agredido, se sinta na obrigação de revisitar alguns desses conceitos."Palavras, de Carlos Lopes, sub-secretário geral da ONU, para África, secretário-executivo da comissão económica desta organização mundial, com sede em Addis Abeba, para o continente africano, economista de desenvolvimento, sociólogo guineense, com doutoramento em História, na Universidade Sorbonne, em Paris, que nos fala ainda de vários outros assuntos sobre a África, como o seu país, Guine Bissau, Cabo Verde, Nigéria...
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Diomaye Faye representa “sede de mudança radical do povo senegalês”
É a primeira vez que um candidato da oposição vence as eleições presidenciais logo à primeira volta no Senegal. Esta segunda-feira, uma dezena de dias depois de ter sido libertado da prisão, Bassirou Diomaye Faye foi reconhecido como o vencedor, tanto pelo Presidente cessante, Macky Sall, quanto pelo principal adversário, Ahmadou Ba. É “uma surpresa” e “um sismo político” que mostra “uma sede de mudança radical do povo senegalês”, explica o analista político Oumar Dialló.26/03/202410:43 -
Atentado de Moscovo: " Daesh quer mostrar que reforçou capacidade de ataque"
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Francisco Fanhais e os tempos da gravação de “Grândola Vila Morena”
Francisco Fanhais assumiu a música como uma forma de resistência à ditadura portuguesa e diz que “apanhou o comboio dos cantores que lutavam contra o regime”. Em 1971, esteve com José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia no Château d’Hérouville a gravar a música que ainda hoje é o emblema da "Revolução dos Cravos": “Grândola Vila Morena”. Francisco Fanhais recorda-nos esse tempo.12/03/202426:53 -
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Angola: “As reivindicações são para a sobrevivência dos trabalhadores”
A Força Sindical União Nacional dos Trabalhadores de Angola, Confederação Sindical e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola convocaram a greve-geral de três dias, exigindo o aumento do salário da função pública e do salário mínimo nacional e a redução do imposto sobre o rendimento do trabalho para 15%.21/03/202408:10