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MOÇAMBIQUE

Confrontos entre o Exército moçambicano e a Renamo em Tete

A Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, revelou que decorreram novos confrontos com o exército desde a manhã de sexta-feira na província de Tete, centro do país. Confrontos que provocaram a fuga de populações para o vizinho Malaui.

António Muchanga, porta-voz da Renamo.
António Muchanga, porta-voz da Renamo. DR
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O porta-voz da Renamo, António Muchanga, disse que as posições do braço armado da força política começaram a ser atacadas desde as 10h40 locais, na zona de Ndande, posto administrativo de Zobué, no distrito de Moatize, e que, até ao início da tarde, os confrontos ainda não tinham cessado.

Segundo António Muchanga, as forças governamentais procuravam atacar uma base da Renamo naquela região, mas foram repelidas e "fugiram em debandada", não havendo informações sobre baixas.

A mesma fonte afirmou que as tropas do Governo usaram armamento pesado e atingiram casas de civis e que as populações residentes naquela zona fronteiriça fugiram para o vizinho Malaui.

A zona de Tete tem sido palco de confrontos entre Governo e o braço armado do maior partido da oposição, que conserva no local uma das suas bases militares mais importantes.

Em entrevista à RFI, António Muchanga, porta-voz da Renamo, confirma estes confrontos e fala num conflito militar em grande escala, com casas de populares a serem queimadas.

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António Muchanga, porta-voz da Renamo

Há um mês, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, admitiu ter autorizado uma emboscada às forças de defesa e segurança moçambicanas para evitar uma nova movimentação das suas tropas e pediu uma comissão de inquérito parlamentar.

Afonso Dhlakama avançou que dos confrontos resultaram 45 mortos do lado das forças de defesa e segurança e nenhum do seu, contrariando dados da polícia que referiram apenas um morto e um ferido.

No seguimento deste episódio, o chefe da delegação governamental nas conversações de longo-prazo com a Renamo acusou o partido da oposição de violação do Acordo de Cessação de Hostilidades, celebrado a 05 de setembro de 2014, e que terminou com 17 meses de confrontações no centro do país.

A Renamo não reconhece os resultados das últimas eleições gerais e exige a criação de autarquias provinciais em todo o país e gerir as seis regiões onde reclama vitória eleitoral, sob ameaça de tomar o poder à força.

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