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África do Sul/Moçambique

África do Sul: Oito polícias condenados por assassínio de moçambicano

Oito polícias sul-africanos foram condenados, esta quarta-feira, a 15 anos de prisão cada um pelo assassínio do taxista moçambicano Mido Macie. O moçambicano tinha sido amarrado na parte de trás de uma carrinha da polícia e arrastado pela rua em Fevereiro de 2013.

Os oito polícias sul-africanos foram condenados a 15 anos de cadeia cada um pelo assassínio de Mido Macie
Os oito polícias sul-africanos foram condenados a 15 anos de cadeia cada um pelo assassínio de Mido Macie REUTERS/Siphiwe Sibeko
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É o culminar de um processo que tinha revoltado os moçambicanos e ilustrado os métodos brutais utilizados pela polícia sul-africana. Oito agentes foram condenados, esta quarta-feira, a 15 anos de prisão cada um pelo assassínio do taxista moçambicano Mido Macie. O Supremo Tribunal de Petrória tinha acusado os oito polícias em Agosto mas a defesa havia pedido o adiamento da sentença para 11 de Novembro, para apresentação de relatórios suplementares com o objectivo de reduzir as penas.

Mido Macie morreu em Fevereiro de 2013 depois de ter sido amarrado à carrinha da polícia e arrastado pela calçada ao longo de centenas de metros em Daveyton, na zona leste de Joanesburgo. Duas horas mais tarde foi encontrado morto na cadeia no meio de uma poça de sangue.

O jovem taxista, de 27 anos, foi interpelado pela polícia nos subúbios de Joanesburgo a 26 de Fevereiro de 2013 porque o seu carro estava mal estacionado.

Oiça aqui a correspondência de Mariamo Hassamo, na África do Sul.

 

01:01

Correspondência da África do Sul

 

Justice Malati e Emanuel Sithole, outros moçambicanos mortos na África do Sul este ano

Também no dia 1 de Junho, numa cela da cadeia de Daveyton, em Joanesburgo, foi encontrado outro cidadão moçambicano morto. Justice Malati, de 36 anos, tinha sido detido um dia antes por alegada embriaguês na via pública e desacato às autoridades. A família afirma que ele foi espancado até à morte.

Nos meses de Abril e Maio deste ano, a África do Sul viveu uma onda de xenofobia que causou a morte de vários cidadãos estrangeiros, entre eles um moçambicano. Emanuel Sithole foi agredido e esfaqueado por cidadãos sul-africanos a 18 de Abril no bairro de Alexandra, em Joanesburgo, onde vendia cigarros. A 6 de Novembro, dois homens foram declarados culpados por um tribunal de Joanesburgo pelo homicídio de Sithole, mas a leitura da sentença ficou marcada para 4 de Dezembro. Um terceiro, acusado pelo homicídio, um menor de 17 anos, foi condenado apenas por roubo e agressão.
 

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