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Terremoto/ Japão

Após terremoto, possibilidade de vazamento nuclear preocupa Japão

Após o forte terremoto seguido de tsunami que atingiu o Japão, autoridades informaram que há um risco de vazamento em uma central nuclear na cidade de Fukushima, que está com um nível de radioatividade mil vezes mais alto do que o normal, segundo a agência de notícias Kyodo.

O Japão decretou estado de emergência depois que o sistema de refrigeração de uma central nuclear, a de Fukushima sofreu danos.
O Japão decretou estado de emergência depois que o sistema de refrigeração de uma central nuclear, a de Fukushima sofreu danos. Reuters
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O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu aos moradores de Fukushima, no nordeste, que deixem rapidamente suas casas localizadas em um raio de dez quilômetros em torno da central nuclear da cidade. Nesta sexta-feira, horas depois do terremoto, foi registrado um forte aumento da pressão de um dos reatores da central por causa de uma pane no sistema de refrigeração.

O governo japonês informou logo em seguida que o risco de vazamento era limitado e que tentava resfriar o reator com a ajuda de equipes norte-americanas especializadas.

Outras dez usinas nucleares que ficam no local atingido pelo terremoto foram desligadas automaticamente e não correriam risco de vazamento, de acordo com as primeiras informações. A companhia nacional de eletricidade do Japão informou que 4,4 milhões de moradias estão sem luz.

O terremoto provocou vários focos de incêndio em prédios e em uma usina nuclear de Onagawa, onde a operadora da central, Tohoku Electric Power, garantiu que o fogo foi controlado rapidamente e não houve vazamento radioativo.

Logo após o terremoto, o governo japonês  decretou estado de emergência nuclear, a título preventivo. O país tem experiência neste tipo de situação. Em 2007, um tremor de magnitude 6,8 havia danificado a central mais potente do arquipélago: os sete reatores de Kashiwazaki-Kariwa pararam, seguido por um incêndio e um vazamento de água radioativa no mar.

Pelo menos 45 países oferecem ajuda

Sessenta e oito equipes internacionais de salvamento de mais de 45 países estão prontas para ajudar se necessário. A informação é da porta-voz do escritório das Nações Unidas em Genebra que coordenada assuntos humanitários.

O Japão pediu oficialmente a ajuda das forças americanas posicionadas no arquipélago. São 47 mil soldados americanos que trabalham em bases militares no país, de acordo com um tratado de cooperação na área da segurança.

Os transportes funcionam mal no país, com milhares de japoneses sendo obrigados a se deslocar a pé. Contatado por telefone, nosso correspondente em Tóquio, Ricardo de Souza, contou que não pode voltar para casa porque seu prédio corre o risco de desabar. Conforme ele relatou, por e-mail enviado por telefone celular, os moradores deixaram suas moradias e estão nas ruas da capital.

Brasileiros podem obter informações no email da embaixada do Brasil em Tóquio

Mais de 254 mil brasileiros vivem no Japão. A embaixada do Brasil em Tóquio aconselha os brasileiros que quiserem mais informaçoes de entrar em contato com a diplomacia pelo email comunidade@brasemb.or.jp.

O aeroporto internacional de Narita, o maior do país, a 50 km da capital, está retomando o tráfego aéreo progressivamente, depois de passar várias horas fechado. Pelo menos quatro milhões de casas estão sem energia elétrica.
 

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