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Mundo árabe/turismo

Revoltas no mundo árabe prejudicam turismo na região

A crise política no mundo árabe tem acarretado prejuízos gigantescos para o setor turístico. Desde que começou as revoltas, países como Tunísia e Egito viram os turistas desaparecerem, devido a insegurança e ao caos que as manifestações provocaram e devem fechar 2011 com perdas de 50% no setor. Mas em países mais estáveis, como Emirados Árabes, o turismo está em alta.

Manifestação no Cairo, capital do Egito, no dia primeiro de maio.
Manifestação no Cairo, capital do Egito, no dia primeiro de maio. Reuters
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Durante a feira de turismo “Arabian Travel Market”, realizada esta semana em Dubai, o governo do Egito anunciou que já perdeu quase dois bilhões de dólares em receitas com o turismo desde fevereiro. A ocupação hoteleira chegou a cair 80%. Para este verão, a expectativa dos hotéis e de somente 50% de ocupação. A situação no Egito só deve melhorar no final do ano após as eleições legislativas, que devem ocorrer em setembro.

Já a Tunísia, registrou perdas de 40% nas receitas turísticas desde janeiro. A taxa de ocupação caiu em 60%. O setor e de vital importância para o pais, pois representa 7% do PIB e emprega aproximadamente 400 mil pessoas. A guerra na Líbia também tem um impacto direto no turismo tunisiano, pois a Tunísia costuma receber por ano cerca de 2 milhões de turistas líbios. Tunísia e Egito estão entre os principais destinos de viagens dos europeus, principalmente entre os franceses e britânicos.

A esta lista deve se juntar em breve o Marrocos, após o atentado terrorista do dia 28 de abril em Marrakech, que matou 16 turistas, entre eles oito franceses. A cidade recebe por ano dois milhões de pessoas, o que representa 25% de toda a receita do país com o turismo. O governo marroquino que já previa uma baixa de 10% no setor para a temporada de 2011, está ainda mais pessimista após os atentados.

Mas nem todo mundo perde com a instabilidade política da região. Os Emirados Árabes, por exemplo, anunciaram que a ocupação hoteleira aumentou em mais de 10% em Dubai, e quase 20% em Abu Dhabi, desde o começo do ano.

Abu Dhabi é uma surpresa porque ainda não tem tantos atrativos turísticos como Dubai. Apesar de estar investindo em massa na construção de museus para se tornar a capital cultural do golfo, as filiais do museu do Louvre, British Museum e Guggenheim só ficarão prontas em 2013. Mas o que tem atraído as pessoas à cidade é justamente a segurança e a boa infraestrutura hoteleira.

02:15

Karina Hermesindo, correspondente da RFI em Abu Dhabi

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