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EUA/Turquia

Hillary Clinton considera a Turquia um modelo para o mundo árabe

De passagem por Istambul, a chefe da diplomacia norte-americana disse que a Turquia deve ser vista como um modelo para o mundo árabe em transição. Hillary Clinton reconheceu o papel importante do país na região, mesmo se criticou a falta de libertade de imprensa.

Hillary Clinton durante encontro com o premiê turco Tayyip Erdogan .
Hillary Clinton durante encontro com o premiê turco Tayyip Erdogan . Reuters
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No segundo e último dia de uma visita à Turquia, onde participou de uma reunião do grupo de contato sobre a Líbia, a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton elogiou o papel do país no contexto atual do mundo árabe, apontando o regime turco como um modelo. “A região e os povos, principalmente do Oriente Médio e da África, devem aprender com a experiência da Turquia”, disse a representante da Casa Branca durante uma entrevista coletiva com o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu. “A história da Turquia mostra que o desenvolvimento democrático depende de dirigentes responsáveis”, completou.

Durante a visita, Hillary Clinton ressaltou os laços “sólidos” entre Washington e o único país muçulmano membro da Otan. O chefe da diplomacia turca reforçou a declaração da americana ao falar de “uma das relações bilaterais mais estruturadas do mundo”. Segundo Ahmet Davutoglu, os elos que unem os Estados Unidos e a Turquia vão bem além de um simples interesse estratégico, e lembrou que os investimentos econômicos entre os dois países cresceram 50% desde o início do ano.

A Turquia desempenha um papel cada vez mais importante nas discussões entre os países ocidentais e os vizinhos da região. Basta lembrar da posição de Ankara, que inicialmennte criticou a ofensiva militar da Otan na Líbia, antes de aderir à posição ocidental, ao ponto de pedir que o presidente Muamar Kadafi deixasse o poder. O governo turco também foi elogiado recentemente, ao acolher os milhares de sírios que se refugiaram em seu território para escapar da repressão do regime de Bachar al Assad.

Liberdade de imprensa

O único momento delicado do encontro ficou por conta das críticas feitas por Hillary Clinton à falta de liberdade de imprensa no território turco. "Se há um aspecto que me preocupa nos acontecimentos recentes na Turquia (...) é a da liberdade de expressão e a liberdade de imprensa", disse a secretária de Estado.

A declaração faz alusão principalmente à prisão de mais de 50 jornalistas no país desde o inicio do ano, uma tendência “incoerente com os avanços da Turquia”, ressaltou Hillary. “Não creio que seja necessário, nem interessante para o país reprimir os jornalistas, os blogueiros ou a internet”, finalizou.

 

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