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Síria/ONU

ONU aposta em Kofi Annan para mediar conflito na Síria

O ex secretário-geral da ONU, Kofi Annan, foi nomeado nesta quinta-feira emissário das Nações Unidas e da Liga Árabe sobre a crise na Síria, e disse esperar que ‘haja plena cooperação’ de todos os países envolvidos em uma solução pacífica para o conflito. Nesta sexta-feira, representantes de mais de 60 países se reúnem na Tunísia para propor a criação de uma zona de segurança.

Kofi Annan, ex secretário-geral da ONU
Kofi Annan, ex secretário-geral da ONU AFP /
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Em um comunicado divulgado em Genebra, Kofi Annan espera contar com o apoio de toda a comunidade internacional para colocar um fim à repressão no país e encontrar uma solução pacífica para a crise. Ele foi nomeado pelo atual secretário-geral da ONU e seu sucessor no cargo, Ban Ki-Moon, e pelo chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby. A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU que votou contra uma resolução condenando o regime sírio, se disse disposta a cooperar com o emissário, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

A resolução vetada pelos russos e chineses foi adotada na semana passada na Assembleia Geral da ONU. Uma das propostas foi a designação de um intermediário para coordenar os esforços políticos contra o massacre na Síria. Nesta sexta-feira, representantes de cerca de 60 países se reúnem para discutir maneiras de levar a ajuda humanitária ao país. As propostas incluem a criação de zonas de segurança nas fronteiras e corredores humanitários, como sugeriu o chanceler francês Alain Juppé.

Nesta sexta-feira, os militantes sírios presentes na reunião fizeram um apelo para que a comunidade internacional aja rapidamente. A cidade de Homs, sitiada, é alvo de bombardeios há 21 anos e a população está acuada, principalmente no bairro de Baba Amr, reduto dos rebeldes. Os hospitais também estão sendo bombardeados e não têm condições de receber todos os feridos. A ofensiva do regime de Bachar al-Assad deixou centenas de mortos. Nesta sexta-feira, a oposição convocou, via Facebook, manifestações em todo o país. A repressão na Síria já teria deixado 7600 mortos desde março de 2011, segundo as organizações sírias de direitos humanos.

Jornalista francesa continua em Homs

A jornalista francesa Edith Bouvier, ferida nos bombardeios no centro de imprensa de Homs que resultaram na morte da correspondente Marie Colvin e do fotógrafo Rémi Ochlik, ainda continua no país, segundo as últimas informações. Em um vídeo, ela conta que está gravemente ferida e necessita de uma operação urgente. O chanceler francês, Alain Juppé, fez um apelo solene e pediu que a Síria autorizasse a repatriação de Edith. O embaixador francês na Síria, Eric Chevalier, voltou ao país nesta quinta-feira para negociar a retirada da jornalista. Inicialmente, segundo Juppé, o embaixador deveria ir até Homs para buscar Edith, mas não obteve autorização do governo sírio. A França agora tenta obter uma solução junto à Cruz Vermelha.
 

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