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Rússia/ protestos

Em São Petesburgo, manifestantes pedem "Rússia sem Putin"

Milhares de russos manifestaram em São Petersburgo neste sábado por uma "Rússia sem Vladimir Putin", convocados pelos opositores do primeiro-ministro, entre eles o campeão de xadrez Garry Kasparov. Os manifestantes prometeram mobilizações em massa até as eleições presidenciais de 4 de março. Entre 2,5 mil e 4 mil pessoas se reuniram no centro da cidade e foram a pé até a praça Koniuschennaia, com bandeiras contra o premiê.

Manifestantes não querem Putin na presidência, mas têm poucas alternativas ao atual primeiro-ministro.
Manifestantes não querem Putin na presidência, mas têm poucas alternativas ao atual primeiro-ministro. REUTERS/Alexander Demianchuk
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Kasparov, ex-campeão do mundo de xadrez e comprometido há anos com a oposição liberal russa, o líder de extrema-esquerda Sergei Udaltsov e o advogado Alexei Navalny, um líder nacionalista carismático e militante contra a corrupção, lideravam o cortejo.

“Nós vamos fazer uma revolução pacífica”, disse Navalny. Os opositores pedem que os russos votem contra Putin nas eleições de 4 de março. Segundo as pesquisas, o ex-agente da KGB, presidente da Rússia de 2000 a 2008, deve conseguir a vitória no primeiro turno, com entre 50% e 66% dos votos. “Não quero que o meu país seja governado por um ladrão”, afirmou o militante. A multidão respondia aos gritos de “Putin ladrão”.

Desde as eleições legislativas, em 5 de dezembro, milhares de pessoas vem manifestando oposição ao primeiro-ministro devido às suspeitas de fraudes no pleito, que resultaram na vitória do partido Rússia Unida, de Putin, com 50% dos votos.

Como nas outras vezes, os protestos de hoje reuniram liberais, militantes da extrema-esquerda, nacionalistas e personalidades da cultura e da imprensa russas. O principal candidato da oposição, o comunista Guennadi Ziuganov, deve receber 15% dos votos, de acordo com as pesquisas de intenções de voto.

Amanhã, uma gigantesca manifestação está prevista em Moscou. A oposição anunciou que vai fazer uma corrente humana em volta do Kremlim para pedir eleições “justas”.
 

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