Atentados na Síria fazem novas vítimas civis

Pelo menos 19 pessoas, a maioria civis, morreram em diferentes ataques e confrontos neste sábado na Síria. O ataque mais violento foi em Deir Ezzor, no leste do país, onde a explosão de um carro bomba deixou pelo menos 9 mortos, segundo a agência estatal de notícias Sana.

Sírios rezam diante dos caixões das vítimas dos atentados de Damasco, no último sábado.. REUTERS/Khaled al-Hariri

As autoridades sírias afirmam que uma tonelada de explosivos foi usada por um kamikaze no atentado. O Observatório Sírio de Defesa dos Direitos Humanos, baseado em Londres, informou que o ataque aconteceu na rua onde está localizado a sede dos serviços de informação militares e aéreas, assim como um hospital militar. Pelo menos 100 pessoas ficaram feridas.

O ataque não foi reivindicado. A agência oficial atribui o atentado a um complô sunita apoiado pela Arábia Saudita e pelo Catar para desestabilizar o regime de Bashar al-Assad. A principal coalizão de oposição, o Conselho Nacional Sírio, imediatamente responsabilizou totalmente o regime, acusado também de estar por trás de outros atentados registrados em outras cidades do país. Segundo o Conselho, o objetivo das autoridades seria de “se vingar”, após não ter conseguido impedir as manifestações que levaram milhares de sírios às ruas na sexta-feira.

Neste sábado, cerca de dez pessoas morreram em diferentes regiões do país, entre elas uma mulher e duas crianças, vítimas de tiros disparados na cidade de Alep. Dois desertores também morreram atingidos por morteiros disparados pelo exército no local onde estavam entrincheirados.

G8

Durante reunião do G8, em Camp David, nos Estados Unidos, neste sábado, o presidente americano, Barack Obama, evocou a necessidade de avançar o mais rapidamente possível um “processo político” no país, palco de uma revolta popular reprimida pelo regime de Bashar al-Assad há mais de 15 meses.