China se une aos países árabes para pedir fim da violência na Síria
A China e os países árabes se uniram para pedir que o governo e a oposição da Síria cumpram o plano de paz do emissário internacional Kofi Annan. A declaração conjunta foi feita poucas horas antes do fim do prazo dado pelos opositores para que Damasco respeite o cessar-fogo. Chefes rebeldes dizem que o regime de Bashar al Assad tem até esta sexta-feira para interromper os ataques.
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Reunidos de Hammamet, na Tunísia, para o 5° Fórum sino-árabe, os participantes do encontro pediram que o plano de paz de Kofi Annan seja respeitado. “É preciso evitar o risco de uma intervenção estrangeira e o cenário de anarquia e guerra civil”, pode-se ler na declaração comum.
O ministro chinês das Relações Exteriores, Yang Jiechi, exprimiu sua tristeza diante da situação na Síria e confirmou seu apoio às tentativas das Nações Unidas de estabelecer a paz no país. “Nós apoiamos sem reservas a missão Annan e a missão de observadores da ONU”, disse o representante de Pequim.
A China é uma aliada tradicional de Damasco, mas na abertura do Fórum o presidente tunisiano, Moncef Marzouki, e os responsáveis dos 15 países árabes reunidos em Hammamet haviam pedido que o país asiático pressionasse o regime sírio a “parar com a violência e os massacres”. Junto com Moscou, Pequim era o único aliado de peso de Bashar al Assad na cena internacional. Russos e chineses, que são membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ainda se opõem à adoção de sanções visando diretamente o regime de Damasco.
O endurecimento da posição de Pequim acontece um dia antes do final do prazo dado pela oposição para que o regime sírio respeito do cessar-fogo. Os chefes rebeldes deram até sexta-feira ao meio-dia, horário local, seis da manhã em Brasília, para que Damasco pare com a violência.
Essa sexta-feira também deve ser marcada por manifestações em homenagem às 108 vítimas do massacre de Houla há uma semana. O episódio foi atribuído pelo governo sírio aos grupos armados da oposição, mesmo se todos os indícios apontam a responsabilidade de Damasco no episódio.
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