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Síria/crise

Rússia reitera que não apoiará intervenção militar na Síria

A Rússia, um dos poucos aliados da Síria, disse que não autorizará o uso da força contra a Síria em nenhuma circunstância. A Rússia tem direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Em uma entrevista coletiva, o chanceler russo Sergei Lavrov, uma intervenção militar internacional poderia ser “catastrófica” para a Síria.

O chanceler russo, Sergei Lavrov , durante coletiva de imprensa em Moscou.
O chanceler russo, Sergei Lavrov , durante coletiva de imprensa em Moscou. REUTERS/Sergei Karpukhin
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Diante da imprensa, Sergei Lavrov foi categórico: “Não vamos autorizar o Conselho de Segurança da ONU a utilizar a força”, disse Lavrov. “Isso poderia ter consequências gravíssimas para todo o Oriente Médio”. Para o ministro das Relações Exteriores russo, “pela primeira vez desde o começo da crise, a questão da intervenção militar se colocou de uma maneira passional”, criticou o chefe da diplomacia russa que insiste que não existe alternativa ao plano de paz do emissário especial para a Síria, Kofi Annan.

As declarações foram feitas após a denúncia de novos ataques aos opositores do regime de Bashar al-Assad. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, na noite passada 23 pessoas foram mortas em bombardeios do exército sírio em vários pontos do país. O local mais atingido foi a província de Deraa. Desde o início da revolta contra al-Assad, mais de 13 mil pessoas, na sua maioria civis, foram mortas nos últimos 15 meses. O Comitê de Proteção de Jornalistas relata ainda que 5 jornalistas sírios foram mortos no final de maio por tropas do exército.

Neste sábado, em Istambul, membros do Conselho Nacional Sírio, principal força da oposição, estão reunidos para escolherem um novo líder depois da saída de Burhan Ghalioun. O grupo formado por islamitas, nacionalistas e liberais deve divulgar a decisão até o domingo. Mas, há um consenso em torno de Abdel Basset Sayda, um curdo independente que ainda é pouco conhecido da comunidade internacional.

Outro grupo de rebeldes, o Syrian Support Group, pede ajuda internacional para adquirir material bélico para enfrentar as tropas do governo. “Pedimos apenas [que a comunidade internacional] forneça armais mais sofisticadas, mas ninguém que fazer isso”, lamenta Louay Sakka, porta-voz do grupo de apoio ao Exército Livre Sírio, composto na sua maioria por desertores.

 

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