Novo presidente egípcio anula dissolução do parlamento
O presidente egípcio, Mohamed Mursi, anulou neste domingo, por decreto, a decisão da Alta Corte Constitucional do país que determinava a dissolução da assembleia popular. Mursi também convoca os parlamentares a retomar o trabalho até que um novo parlamento seja eleito.
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A informação foi divulgada pela agência oficial Mena. Além de anular a decisão do dia 15 de junho, o decreto presidencial prevê «a organização de eleições antecipadas para a Câmara, 60 dias depois da aprovação por referendo da nova constituição do país, e adoção de uma nova lei que regulamenta o parlamento».
O parlamento foi dissolvido através de uma decisão judicial que o declarou ilegal, medida questionada pela Irmandade Muçulmana, maior força política atualmente no Egito. Para o grupo islâmico, a dissolução foi considerada como um golpe de Estado por parte de integrantes do antigo regime.
Em sua sentença, a Alta Corte Constitucional invalidou as eleições legislativas do começo do ano, que teve a vitória dos islâmicos, com cerca da metade das cadeiras para a Irmandade Muçulmana, e quase uma quarta parte para os fundamentalistas salafistas. Com a supressão do parlamento, o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) assumiu o poder legislativo.
Mursi tomou posse no último dia 30 de junho como o primeiro presidente do Egito eleito democraticamente. Ele sucede a Hosni Mubarak, que ficou 30 anos no poder até cair no ano passado.
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