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Síria / Rebelião

Combatentes islâmicos ocupam posto na fronteira da Síria com a Turquia

Um grupo de cerca de 150 combatentes islâmicos originários de diversos países muçulmanos ocuparam neste sábado o posto de controle de Bab al-Hawa, na fronteira da Síria com a Turquia, segundo a agência de informações France Presse. O local havia sido tomado pelos rebeldes na sexta-feira. Enquanto isso, os combates e bombardeios continuam nas principais cidades do país.

Prédios danificados no bairro de Erbeen, em Damasco.
Prédios danificados no bairro de Erbeen, em Damasco. Reuters
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Alguns desses militantes afirmaram ser originários da Argélia, da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes, do Egito, da França e da Tunísia. Parte deles se declarou próxima dos talibãs, enquanto outros disseram pertencer ao braço da Al-Qaeda no norte da África.

Bab al-Hawa é um dos 12 pontos de passagem entre a Síria e a Turquia, que condividem uma fronteira de 877 quilômetros.

A imprensa síria já acusou a rede extremista Al-Qaeda de comandar o terrorismo no país. Os rebeldes sírios rejeitam essas acusações, afirmando que são os serviços de informação do regime que utilizam seus laços com a Al-Qaeda para desacreditar a rebelião.

Fronteiras

Os rebeldes sírios dominam neste sábado vários postos de controle nas fronteira da Síria com o Iraque e a Turquia, vitais para o transporte de armas.

Na região leste, eles controlam dois dos três principais pontos de passagem entre o Iraque e a Síria. Ao norte, a rebelião conquistou na sexta-feira o posto de Bab al-Hawa. Já ao sul o Exército Sírio Livre, formado por desertores e civis armados, tentou em vão tomar um posto da fronteira com a Jordânia, segundo autoridades jordanianas. Na região oeste, a fronteira com a Líbia continua sob o controle completo do exército fiel ao regime do presidente Bashar al-Assad.

Agora que os combates estão se intensificando, os rebeldes têm uma necessidade ainda maior de armas e o controle das fronteiras é vital para o aprovisionamento.

Violência

Os combates continuam na capital Damasco, onde as condições de vida pioram a cada dia. Devido aos combates, os diferentes bairros da cidade ficaram isolados, o que dificulta os deslocamentos. Os habitantes que conseguem sair de casa correm aos supermercados para fazer estoque de provisões.

A situação está levando os civis a escaparem para o exterior mas também a procurar refúgio em prédios públicos, sobretudo escolas, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Junto com o Crescente Vermelho, a organização se mobiliza para preparar as escolas a acolher os refugiados. Cerca de 60 escolas foram abertas na região rural perto de Damasco e abrigam até agora 11.800 pessoas.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou hoje estar preocupado com a "degradação rápida" da situação e enviou a Damasco em caráter de urgência o sub-secretário encarregados das operações de manutenção da paz, o diplomata francês Hervé Ladsous. Ele será acompanhado pelo principal conselheiro militar da ONU, o general Babacar Gaye.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a violência fez ao menos 92 mortos no país neste sábado, dos quais 41 eram civis.
 

 

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