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Israel

Israel teme que Síria transfira armas químicas para o Hezbollah

As autoridades de segurança israelenses estão tentando acalmar o clima de nervosismo no país causado por boatos de que o governo sírio pode transferir seus arsenais de armas não convencionais para países vizinhos, para evitar que caiam nas mãos de opositores em meio à guerra civil que assola o país.

As colinas de Golin dividem geograficamente Síria e Israel e estão sob tensão com o risco da transferência de armas químicas sírias pela fronteira.
As colinas de Golin dividem geograficamente Síria e Israel e estão sob tensão com o risco da transferência de armas químicas sírias pela fronteira. REUTERS/Ronen Zvulun
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel Aviv

O temor, em Israel, é o de que armas químicas e biológicas da Síria possam ser destinadas ao Sul do Líbano, controlado pela guerrilha Hezbollah, principal aliada do regime de Damasco e inimiga declarada de Israel.

Mas Amos Gilad, um dos assessores do ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse nesta terça-feira que, pelo menos até agora, Bashar al-Assad tem pleno controle dos arsenais.

Isso parece refletir o que um porta-voz da chancelaria síria disse, nesta segunda-feira: que as armas continuam nas mãos do exército e nunca serão usadas contra o próprio povo sírio.

Mas a chancelaria deu a entender que, caso a Síria seja atacada por forças externas, essas armas poderiam ser acionadas.

O chefe das Forças Armadas de Israel, o general Benny Ganz, disse, por sua vez, que o Estado Judeu não vai tolerar que o Hezbollah, que já tem um arsenal de 70 mil mísseis, receba armas sofisticadas que possam ameaçar ainda mais o país.

Diante da incerteza e das ameaças mútuas, milhares de israelenses saíram em busca de máscaras de gás, na terça-feira. Os correios, que fazem a distribuição gratuita dessas máscaras há anos, disseram que a média de 2.200 unidades da proteção distribuídas diariamente aumentou para 3.700.
 

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