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Síria/Conflito

Insurgentes atacam Tribunal Militar e postos de polícia em Aleppo

Os opositores do regime do presidente sírio, Bashar Al-Assad, atacaram com bombas na madrugada desta terça-feira a sede do tribunal militar da cidade de  Aleppo, capital econômica do país e metrópole de 2,5 milhões de habitantes. Dois postos de polícia - onde foram mortos ao menos 40 policiais- e um comitê do partido Baas, que governa a cidade, também foram alvo de violências, segundo informações do Observatório Sírio de Defesa Direitos Humanos.

Sírios passam em frente a prédios destruídos pela guerra civil em Aleppo, nesta segunda-feira.
Sírios passam em frente a prédios destruídos pela guerra civil em Aleppo, nesta segunda-feira. REUTERS/Zohra Bensemra
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Os bairros de Ferdous, Al-Machad e Ansari, no sul de Aleppo, foram bombardeados durante a noite por tropas do exército. Já o bairro de Salaheddine, principal ponto de concentração da oposição, foi metralhado na manhã desta terça-feira por helicópteros, segundo a Comissão geral da revolução síria. Na segunda-feira, as forças do regime disseram controlar este bairro, mas a informação foi negada pelos rebeldes.

Nas últimas 24 horas, a oposição tomou um posto de controle estratégico, em Andane, próximo a fronteira do país com a Turquia, permitindo a entrada de reforços e munições em Aleppo. A batalha nessa região, que vem sendo considerada "decisiva", pode durar semanas.

Massacre

Mais de 300 pessoas foram mortas no mês de julho com a intensificação dos combates em Deir Ezzor, cidade a 450km da capital Damasco. Um vídeo divulgado pelos insurgentes nesta semana mostra imagens de cadáveres ensanguentados e esquartejados de mulheres e crianças no local.

De acordo com o Observatório sírio, as vítimas, mortas majoritariamente por tiros disparados pelas forças de segurança e bombardeios, são enterradas em jardins públicos ou terrenos de residências. Mais de 70% dos habitantes da cidade deixaram suas casas, mas o restante não teve meios para fugir da violência.

O exército sírio e os insurgentes se enfrentam no país há mais de 16 meses. A violência vem provocando um êxodo crescente. Milhares de pessoas já deixaram o país rumo à Turquia, ao Líbano, à Jordânia ou à Argélia. Cerca de 1,5 milhão de pessoas estão desalojadas dentro do país, segundo o Centro de Observação dos Deslocamentos Internos, IDMC, baseado na Suíça.

Em Aleppo, pelo menos 70 mil civis sírios foram obrigados a abandonar suas casas devido aos bombardeios. Eles estariam dormindo em escolas, universidade e centros de caridade. Ao todo 20 mil pessoas foram mortas desde o início do conflito, de acordo com dados do Observatório.

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