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ONU/Síria

Assembleia Geral da ONU aprova resolução simbólica contra a Síria

A Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), aprovou, nesta sexta-feira, uma resolução simbólica contra a Síria que reprova as batalhas entre os rebeldes sírios e as forças do presidente Bashar Al-Assad. O texto critica a impotência do Conselho de Segurança que não conseguiu convencer as autoridades sírias a respeitar as medidas impostas pelo fim do conflito.

Última resolução da Assembleia da ONU, em fevereiro, criou o cargo de mediador para o qual Annan (foto) foi nomeado, mas pediu demissão na última quinta-feira.
Última resolução da Assembleia da ONU, em fevereiro, criou o cargo de mediador para o qual Annan (foto) foi nomeado, mas pediu demissão na última quinta-feira. REUTERS/Denis Balibouse
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O documento foi validado por 133 países entre os 193 membros da ONU, incluindo o Brasil. Doze países votaram contra, entre eles, Rússia e China, que vetaram três resoluções contra Assad no Conselho de Segurança, e 31 se abstiveram.

No dia seguinte à demissão do mediador da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, devido à falta de apoio de grandes potências a sua missão, a resolução aprovada hoje é simbólica. A Assembleia Geral não tem o poder de impor medidas como o Conselho de Segurança; ela pode apenas emitir recomendações.

A última resolução deste tipo foi validada em fevereiro deste ano por 137 votos e criou o cargo de mediador para o qual Annan foi nomeado no dia 23 de fevereiro. Seu trabalho consistia em encontrar uma solução diplomática e pacífica para a Síria. Entretanto, apesar de obter o aval do regime de Assad por um cessar-fogo, as armas jamais foram depostas.

Desde o início da rebelião síria, em março de 2011, Rússia e China bloqueiam todas as tentativas ocidentais no Conselho sobre qualquer interferência no país.

Reações

O embaixador sírio na ONU, Bachar Jaafari, afirmou nesta sexta que a resolução não tem “absolutamente nenhum efeito” sobre o conflito. O representante russo na Assembleia, Vitali Tchourkine, tem a mesma opinião sobre a “falta de senso prático” do texto. Para ele, esta é “uma tentativa a mais de fazer uma pressão política e propagandista sobre a Síria”.

Antes da votação, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia feito um apelo às grandes potências mundiais para superarem suas rivalidades e mostrarem que elas “aprenderam uma lição com Srebrenica”. O líder se referiu ao massacre dos muçulmanos pelas forças sérvias na Bósnia, em julho de 1995, que a ONU não pôde impedir. Para ele, o conflito sírio é agora “uma guerra por procuração”.

 

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