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Síria/Violência

Conselho de Segurança volta a discutir crise na Síria

O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quinta-feira, em Nova York, para anunciar formalmente o fim da missão de observadores na Síria, onde a repressão do regime aos rebeldes continua. O ministro das Relações Exteriores da França inicia hoje um giro por três países vizinhos da Síria para avaliar as consequências da crise na região.

Refugiados sírios chegam com seus pertences ao campo de Zaatari, na Jordânia.
Refugiados sírios chegam com seus pertences ao campo de Zaatari, na Jordânia. REUTERS/Muhammad Hamed
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O Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta quinta-feira, em Nova York, para anunciar formalmente o fim da missão de observadores na Síria. O mandato termina no domingo e os diplomatas consideram que a divisão das grandes potências mundiais impede qualquer prolongamento da missão.

Reunidos na Arábia Saudita os países da Organização da Conferência Islâmica suspensderam, ontem, a Síria da entidade para isolar ainda mais politicamente o regime de Bashar Al Assad.

Diante dos bombardeios aéreos, a população síria foge em massa para os países vizinhos. Mais de 100 civis sírios foram socorridos na Turquia após os ataques das forças governamentais ontem em Azaz, ao norte de Aleppo, que visavam posições dos exércitro livre da síria que luta contra o regime de Bashar Al Assad. Mas dezenas deles não sobreviveram aos ferimentos, de acordo com uma fonte oficial turca.

Muitas vítimas sofrem de graves queimaduras. Os feridos conseguiram atravessar a fronteira e chegar a Kilis, no sul da Turquia. Segundo o observartório sírio de defesa dos Direitos Humanos, o ataque aéreo com mísseis sobre Azaz, cidade de 70 mil habitantes próxima de Aleppo, deixou 31 mortos e mais de 200 feridos.

Ontem, a ONU denunciou crimes contra a humanidade cometidos tanto pelas forças do regime como pelos militantes da oposição.

Ação diplomática francesa

Na tentativa de mobilizar a comunidade internacional e para responder a acusações da oposição, o governo francês enviou à região o minsitro das Relações exteriores. Laurent Fabius inicia seu giro regional por três países vizinhos da Síria com uma visita simbólica. Na manhã desta quinta-feira, ele vai ao campo de refugiados de Zaatari, na fronteira entre a Jordânia e Síria, onde milhares de pessoas que fugiram da violência do regime de Bashar al-Assad enfrentam em condições precárias um calor de quase 40 graus.

O governo francês, acusado de passividade pela oposição, tenta com este giro regional de três dias, dar maior visibilidade a sua ação diplomática sobre a Síria. Depois da Jordânia, Laurent Fabius vai ao Líbano e Turquia. Além do apoio da França aos cerca de 250 mil refugiados sírios, o ministro francês quer reafirmar o engajamento de Paris em promover uma transição rápida e segura na Síria. Fabius busca principalmente a parceria da Turquia, pais estratégico nesta crise por seu apoio ativo aos rebeldes sírios.

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