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Irã/Diplomacia

Brasil participa da Cúpula dos Não-Alinhados no Irã

Delegações de mais de 120 países estão em Teerã, no Irã, para participar da Cúpula dos Não-Alinhados, que começou ontem e deve durar até dia 31 de agosto. Além destes, também há 17 governos observadores, entre eles, o Brasil. Para o Irã, este é o maior evento diplomático na história do país.

Secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, é o visitante mais esperado da Cúpula dos Não-Alinhados, que acontece em Teerã até o dia 31 de agosto.
Secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, é o visitante mais esperado da Cúpula dos Não-Alinhados, que acontece em Teerã até o dia 31 de agosto. REUTERS/Kim Hong-Ji
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O movimento dos Não-Alinhados surgiu no auge da Guerra Fria, nos anos 60, reunindo países que não estavam do lado nem dos Estados Unidos nem da União Soviética. Muitos analistas dizem que o grupo é ultrapassado e inútil, já que a Guerra Fria terminou há mais de 20 anos. Além disso, o grupo tem interesses muito diferentes e sem um verdadeiro poder.

O governo iraniano, que assume a presidência dos Não-Alinhados pelos próximos três anos, considera a cúpula como uma grande vitória diplomática.Teerã diz que a presença de dois terços dos países da ONU é uma prova de que o Irã não está isolado como gostariam as potências ocidentais.

Outro ponto positivo para o Irã é a participação de alguns líderes importantes. O visitante mais esperado é o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. Ele confirmou a ida a Teerã, apesar da pressão de EUA e Israel que criticaram sua decisão de aceitar o convite iraniano.

As atenções também estarão voltadas para o recém eleito presidente do Egito, Mohamed Morsi, que se diz disposto a normalizar relações com o Irã após três décadas de tensão. O líder cubano Raúl Castro, o palestino Mahmoud Abbas e o premiê indiano, Manmohan Singh, também participarão do evento.

O governo iraniano deixa claro que quer usar o evento a seu favor. Teerã buscará uma declaração final que apoie seu programa nuclear e sua posição na Síria, onde defende o regime de Bashar Al-Assad contra os rebeldes. No entanto, Arábia Saudita e Qatar já adiantaram que não aceitarão apoiar as posições do Irã.

Há boatos de que a verdadeira intenção de alguns participantes é convencer o Irã a fazer concessões em seu programa nuclear e evitar um ataque israelense.

 

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