Atentado em Damasco mata cinco e número de refugiados sírios passa dos 200 mil
Cinco membros do serviço de segurança sírio foram mortos nesta sexta-feira em uma explosão no exterior de uma mesquita, no centro da capital, Damasco. A televisão estatal da Síria qualificou o ato como "terrorismo" e diz que a explosão foi provocada por uma moto, estacionada nas proximidades do templo religioso. Dua horas depois, mais outro atentado foi registrado perto do Palácio da Justiça.
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Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), baseado em Londres, a explosão tinha como alvo uma patrulha das forças de segurança. O OSDH, que se baseia em informações enviadas por uma rede de informantes dentro da Síria, confirmou o número de mortos e diz que pelo menos seis pessoas ficaram feridas, a maioria em estado grave.
Duas horas depois deste atentado, mais uma explosão sacudiu a capital da Síria. Um carro bomba teria explodido nas proximidades do Palácio da Justiça e do Ministério da Informação. Muitos carros foram danificados, mas, segundo a televisão síria, não há registro de mortos ou feridos até o momento.
União Europeia aumenta envio de ajuda
Os ministros das relações exteriores dos países que formam a União Europeia, reunido em Paphos, no Chipre, anunciaram o desbloqueio de uma ajuda de 50 milhões de euros, mais de 120 milhões de reais em favor dos civis sírios. Segundo a comissária européia para assuntos humanitários, Kristalina Georgieva, " a situação humanitária se agrava à cada dia na Síria desde que as hostilidades se tornaram uma verdadeira guerra civil". A ajuda europeia será destinada para mais de um milhão de sírios, vítimas dos conflitos e também para aqueles que se refugiaram em países vizinhos. Segundo o Alto Comissariado da ONU para refugiados, o número de sírios que fugiram para países vizinhos, como a Turquia, Jordânia e até mesmo o Iraque, passa dos 235 mil. Somente no Iraque, 21 744 sírios desembarcaram em busca de abrigo, por causa dos conflitos. " Precisamos ajudar essas pessoas na região, antes de pensar em transportá-las para outras regiões ou até mesmo para a Europa", afirmou o ministro britânico para as relações exteriores, William Hague.
França e Itália temem pela segurança da Europa
Em uma carta assinada pelos ministros francês e italiano das relações exteriores, Laurent Fabius e Giulio Terzi, um fracasso da comunidade internacional em resolver o impasse na Síria ameaçaria a segurança de todo o continente Europeu." Se nós falharmos, a estabilidade do todo o Oriente Médio estará comprometida, assim como a segurança da Europa, sob todos os aspectos, do terrorismo à proliferação de armas, passando pela imigração", afirmaram os dois ministros, que também propõem uma reunião extraordinária sobre a Síria ainda no mês de setembro, em Nova York.
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