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EUA/Ataques

Al Qaeda é suspeita de ataque contra consulado na Líbia

Os Estados Unidos estão investigando se o ataque contra o consulado americano de Benghazi, que matou o embaixador e outros três diplomatas, foi planejado. Inicialmente, protestos espontâneos contra um filme considerado uma ofensa ao Islã foram apontados como responsáveis, mas as autoridades americanas suspeitam a Al Qaeda de ter planejado o ataque.

Exterior do consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia após o ataque que matou o embaixador Chris Stevens.
Exterior do consulado norte-americano em Benghazi, na Líbia após o ataque que matou o embaixador Chris Stevens. REUTERS/Esam Al-Fetori
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Com a colaboração de Carolina Bonadeo, correspondente da RFI em Nova York

Autoridades do governo americano estimam que o ataque de 11 de setembro contra o consulado americano de Benghazi, na Líbia, foi planejado e tem a assinatura da rede terrorista Al Qaeda. O ataque matou na terça-feira o embaixador Christopher Stevens e outros três diplomatas americanos. Os extremistas da Al Qaeda teriam usado como pretexto os protestos contra o curta-metragem "A inocência dos muçulmanos", considerado ofensivo ao Islã.

Os Estados Unidos vêem diferenças entre o ataque ocorrido contra a embaixada americana no Cairo, também na terça-feira e em protesto contra a divulgação do filme que ironiza e ridiculariza Maomé e a religião muçulmana, e o ataque ocorrido na Líbia. No primeiro protesto, o do Cairo, os manifestantes pareceram muito mais desorganizados, espontâneos e praticamente desarmados. Na Líbia, segundo Washington, havia uma organização maior do que uma simples manifestação, e os participantes estavam muito mais agressivos e fortemente armados, com bombas caseiras e armas.

O segundo ponto que levanta a possibilidade do ataque ter sido organizado é a data. O ataque ocorreu exatamente no dia do aniversário de 11 anos dos ataques de 11 de setembro organizados pela Al Qaeda. Outra coincidência: 24 horas antes do ataque, o grupo terrorista havia confirmado em fóruns na internet que o seu líder líbio foi morto em junho, depois de uma ação americana e a invasão do consulado de Benghazi teria sido uma vingança. Se as suspeitas forem confirmadas, a relação dos EUA com o governo líbio poderá mudar.
 

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