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Islã/Protestos

Protestos contra filme anti-Islã se alastram pelo mundo

Manifestações violentas foram registradas em vários países nessa sexta-feira, em protesto contra o filme anti-Islã divulgado no início da semana na internet. Um homem morreu durante confrontos no Líbano e a embaixada da Alemanha no Sudão chegou a ser incendiada. Os movimentos islâmicos também saíram às ruas em diversas cidades do Paquistão, Iraque, Egito, Jordânia, Irã, Iêmen, Bangladesh e Tunísia.

Manifestantes carregam corpo de homem morto durante protestos em Cartum, no Sudão
Manifestantes carregam corpo de homem morto durante protestos em Cartum, no Sudão REUTERS/Stringer
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A capital da Tunísia, Tunis, registrou o ataque mais violento com três mortos e 28 feridos. O incidente ocorreu perto da embaixada dos Estados Unidos, onde manifestantes escalaram os muros da representação americana e atacaram com bombas. Situada a poucos metros da embaixada, a escola americana de Tunis foi incendiada.  Outros protestos violentos foram registrados no Sudão, onde cerca de 10 mil pessoas se reuniram diante das representações diplomáticas da Alemanha, da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. A embaixada alemã chegou a ser incendiada, mas nenhum funcionário foi ferido. A polícia tentou conter os manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo.

Já no Líbano, onde o papa Bento 16 acaba de desembarcar para uma viagem oficial de três dias, um homem morreu e várias pessoas ficaram feridas durante confrontos com as forças de segurança. O episódio ocorreu após o ataque de uma lanchonete da empresa norte-americana KFC, que foi incendiada durante a tarde.

As grandes cidades do Paquistão também foram palco de importantes manifestações durante o dia. Assim como os sudaneses e os libaneses, os movimentos islâmicos do país protestam contra o filme A Inocência dos Muçulmanos, que ridicularizou a imagem o profeta Maomé na internet. Além de pedir a morte do diretor Sam Bacile, os manifestantes paquistaneses querem expulsar os diplomatas norte-americanos desse que é o segundo maior país muçulmano do mundo.

Em Amã, na Jordânia, cerca de duas mil pessoas protestaram nas ruas contra o vídeo ofensivo ao Islã. Em Jacarta, na Indonésia, 500 pessoas manifestaram diante da embaixada americana. E, no Cairo, no Egito, pelo menos 300 pessoas foram às ruas.

Houve também manifestações em varias cidades da India. A maior delas foi em Madras. Houve ataques contra o consulado americano, e oitenta e seis pessoas foram presas.

Milhares de pessoas saíram às ruas no Iraque, onde pela primeira vez manifestações são realizadas nas regiões de maioria sunita, ao contrário dos protestos registrados na quinta-feira, que se concentravam em zonas xiitas. Bandeiras norte-americanas e israelenses foram queimadas em várias cidades do país, além da capital Badgá.

A televisão pública iraniana também mostrou imagens de milhares de manifestantes nas ruas de Teerã, entoando palavras de ordem como "Morte aos Estados Unidos" e "Morte a Israel". Protestos violentos também foram registrados no Egito, Iêmen, Bangladesh, Jordânia, Tunísia e Barein.

O presidente Barack Obama anunciou o envio de 50 fuzileiros navais ao Iêmen para reforçar a segurança da embaixada americana no país. Não houve registros de protestos nos países árabes do golfo pérsico, todos aliados do governo americano.

 

Com informações da correspondente Karina Hermesindo, em Abu Dhabi, para a RFI
 

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