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Afeganistão/Talibãs

Quatro soldados americanos morrem em ataque no Afeganistão

Um novo ataque, provavelmente cometido por rebeldes talibãs infiltrados na polícia afegã, matou neste domingo quatro soldados da coalizão internacional no Afeganistão, segundo informações da Otan. Um dia depois da morte de dois soldados britânicos, assassinados por um policial afegão, esse novo ataque eleva a 51 o número de militares estrangeiros mortos este ano por rebeldes infiltrados na polícia ou no exército afegãos.

Mulher afegã descansa em hospital após bombardeio aéreo da Otan na província de Laghman.
Mulher afegã descansa em hospital após bombardeio aéreo da Otan na província de Laghman. Reuters
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O atentado deste domingo aconteceu na província de Zabol, no sul do Afeganistão, onde estão baseadas as forças americanas. Segundo uma autoridade local, os quatro soldados mortos eram americanos. Um policial afegão também foi morto no ataque.

A intensificação desse tipo de operação levou à suspensão da formação de novos recrutas na polícia e no exército afegãos. Os responsáveis da coalizão sob o comando da Otan e autoridades afegãs criaram uma equipe encarregada de investigar cada ataque. Somente em 2012 já foram contabilizados 37.

Em mais da metade dos casos, os atacantes são mortos ou conseguem escapar, o que faz com que seus motivos permaneçam desconhecidos. Isso dificulta a prevenção desse tipo de ataque.

Ainda neste domingo, as forças da Otan prenderam um combatente talibã suspeito de ter assassinado dois soldados americanos cujo helicóptero foi abatido no leste do Afeganistão.

Vítimas civis

As relações entre os militares estrangeiros e as forças afegãs são cada vez mais tensas devido à morte de civis durante operações da Otan. Mais de 200 civis já morreram nessa situação desde o início do ano.

Um bombardeio aéreo da coalizão internacional matou oito mulheres no sábado à noite na província de Laghman, no sul do Afeganistão, segundo uma autoridade local. A Otan reconheceu que até oito civis podem ter sido vítimas desse ataque, mas enfatiza que um "grande número" de rebeldes também morreu.

Habitantes do vilarejo afirmam que o número de vítimas civis é muito maior e se mostraram furiosos por não poderem recuperar os corpos, já que o acesso ao local bombardeado é proibido.

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