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China/Japão

China acusa Japão de roubar arquipélago no Mar do Leste

O governo chinês acusou o Japão de roubar o pequeno arquipélago desabitado de Diaoyu, como chamam os chineses, ou Senkaku, para os japoneses, durante a Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira. É mais um capítulo na disputa pelo conjunto de ilhas no Mar do Leste da China, do qual Taiwan também reivindica a posse. A região seria rica em petróleo, gás e pescado.

Policiais japoneses prendem um manifestante que estava gritando slogans contra a China diante da embaixada chinesa em Tóquio nesta sexta-feira.
Policiais japoneses prendem um manifestante que estava gritando slogans contra a China diante da embaixada chinesa em Tóquio nesta sexta-feira. Reuters
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Janaína Silveira, correspondente da RFI em Pequim

A reação chinesa, tanto no campo político quanto econômico, teria sido mais dura do que Tóquio esperava, segundo reportagem desta sexta-feira do importante jornal japonês Asahi Shinbum. Citando fontes anônimas, a reportagem afirma que os japoneses apostavam em respostas mais brandas de Pequim, tendo em vista casos anteriores e, principalmente, o ano de transição política.

Entre outubro e novembro, o Partido Comunista escolherá a nova liderança, depois de uma década com Hu Jintao no poder. Segundo o texto, os japoneses falharam em evitar o que o jornal classifica como desastre nas relações diplomáticas com a China.

A crítica refere-se especialmente à compra das ilhas, anunciada em 11 de setembro pelo governo de Tóquio. O ato acendeu revoltas nacionalistas na China contra cidadãos e negócios japoneses, provocando o fechamento temporário de fábricas, restaurantes e lojas de origem nipônica. As consequências econômicas são temidas nos dois países, cujo comércio bilateral movimenta em torno de US$ 345 bilhões.

China e Japão deveriam comemorar nesta semana os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas, reatadas em 1972, quando os japoneses decidiram abdicar do reconhecimento de Taiwan.

Em pleno conflito, doze marinheiros chineses foram salvos de um navio em chamas pela guarda costeira japonesa, segundo informações divulgadas por Tóquio nesta sexta-feira. O navio cargueiro Hao Han, que navegava com a bandeira do Panamá, pegou fogo em alto mar ao largo de Osaka (centro-oeste do Japão).

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