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Profanação/Israel

Nova pichação anticristã é descoberta em monastério em Israel

Uma pichação em hebreu insultando Jesus Cristo foi descoberta na porta de um monastério franciscano do Monte Sião, em Jerusalém, nesta terça-feira. As frases “Jesus, filho da p...” e “o preço a pagar” foram escritas na entrada do convento São Francisco, próximo ao Cenáculo, onde, segundo o Novo Testamento, aconteceu a Última Ceia de Cristo com seus discípulos.

Pichações em hebreu foram descobertas na porta do convento São Francisco, em Jerusalém, nesta terça-feira.
Pichações em hebreu foram descobertas na porta do convento São Francisco, em Jerusalém, nesta terça-feira. custodia.org
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A pichação já foi apagada na manhã de hoje e a polícia abriu uma investigação para descobrir os responsáveis pela profanação.

O site da organização franciscana Custódia da Terra Santa publicou as imagens, lembrando incidentes similares atribuídos a extremistas judeus. Por meio de comunicado, os religiosos se declaram preocupados com a educação dada aos jovens em escolas israelenses “onde o desprezo e a intolerância são ensinados” e pedem uma mudança do sistema escolar.

“Este ataque faz parte de vários atos de intolerância em Israel e no mundo que são insuportáveis”, diz o documento.

O presidente israelense Shimon Peres criticou a profanação por meio de um comunicado. Ele diz condenar “atos que vão de encontro à moral e aos valores do judaísmo e prejudicam o Estado de Israel”. “É proibido de profanar lugares santos”, reiterou.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou um “ato repugnante cujos autores devem ser severamente punidos”, assegurando que “as liberdades de religião e de culto são valores fundamentais em Israel”.

Do lado palestino, o negociador Saeb Erakat justificou o ato como fruto de “uma cultura de raiva e racismo que depois de 45 anos de ocupação foi generalizada pelos israelenses”.

"O preço a pagar"

Colonos israelenses de extrema-direita aplicam há vários anos a política do “preço a pagar”, que consiste na vingança contra palestinos e árabes, locais de culto muçulmano e cristãos ou decisões governamentais que sejam hostis a seus interesses.

Atos de profanação vêm se tornando corriqueiros em locais cristãos de Jerusalém. No início de setembro, desconhecidos incendiaram a porta do monastério de Latrun em Israel e fizeram pichações em suas paredes.

No dia 20 de fevereiro, inscrições anticristãs também foram descobertas nos muros de uma igreja batista em Jerusalém. Duas semanas antes, as frases “morte aos cristãos” e “o preço a pagar” foram encontradas no muro do Mosteiro da Cruz em Jerusalém Oeste, na parte judia da Cidade Santa.
 

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