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Israel/EUA

Estados Unidos voltam a condenar projeto israelense de novos assentamentos

Os Estados Unidos, tradicional aliado do governo israelense, fizeram um apelo para que Israel reveja sua decisão de construir novos assentamentos na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, o que comprometeria a criação do Estado Palestino. O presidente francês François Hollande disse que tentará convencer os israelenses a abandonar o projeto.

Assentamento israelense na Cisjordânia
Assentamento israelense na Cisjordânia REUTERS/Baz Ratner
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Classificando as declarações do governo israelense de 'contra-producentes', o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o projeto torna a retomada das negociações de paz diretas entre israelenses e palestinos ainda mais difícil. "Dissemos claramente aos israelenses que tais medidas são contrárias à posição norte-americana, que recusa atos unilaterais, entre elas a construção de assentamentos’’, afirmou.

Uma fonte próxima do governo do premiê Benjamin Netanyahu afirmou que Israel "continuará a defender seus interesses vitais, mesmo sob pressão internacional, e manterá o projeto de novas moradias." Ignorando as reações internacionais, o Ministério do Interior israelense anunciou que poderá relançar a construção de 1.600 novos assentamentos no bairro de Ramat  Shlomo, um projeto que já havia sido condenado pelos EUA em 2010, e desencadeado uma grave crise diplomática entre Israel e Estados Unidos durante a visita do vice-presidente Joe Biden.

Para Hollande, construções ‘não vão se concretizar’

O presidente francês François Hollande afirmou nesta segunda-feira que as novas construções de assentamentos anunciadas pelo governo israelense na Cisjordânia e no leste de Jerusalém "não se concretizarão." A declaração foi feita na saída do encontro com o premiê italiano Mario Monti, em Lyon, onde os dois líderes assinaram o acordo que prevê a construção de um TGV entre Lyon e Turin.

O chefe de estado francês explicou "que não esperava entrar na lógica de adoção de sanções", mas que iria realizar um trabalho de "convicção" junto ao governo de Israel. "Estamos preocupados com a decisão anunciada pelo governo israelense, em relação à instalação de 3 mil assentamentos, e o risco que acarreta para a retomada do processo de paz", disse Hollande, dizendo que iria se empenhar em ‘convencer’ os israelenses.

Israel anunciou seu projeto de construção de novos assentamentos no dia seguinte à votação na Assembleia-geral da ONU que deu à Palestina o status de estado observador não-membro das Nações Unidas, uma decisão que contou o apoio da França e da Suécia, além do Brasil, e a abstenção da Grã-Bretanha e da Alemanha. O projeto, que dividiria a Cisjordânia em duas partes, suscitou diversas reações na Europa. Paris Londres e Estocolmo convocaram nesta segunda-feira seus respectivos embaixadores israelenses para protestar contra decisão.

 

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