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EUA/ terrorismo

Brasil não está em lista de países que ajudaram a CIA, diz relatório

Portugal, Bélgica, Argélia, Síria ou Líbia são alguns dos 54 países que ajudaram a CIA, o serviço secreto americano, no seu programa de detenções secretas e interrogatórios com tortura de suspeitos de terrorismo, após os atentados do 11 de Setembro. As informações foram divulgadas em um relatório publicado hoje pela organização humanitária Open Society Justice Initiative.

Suspeitos considerados mais perigosos são mantidos na prisão de Guantanamo, em Cuba.
Suspeitos considerados mais perigosos são mantidos na prisão de Guantanamo, em Cuba. REUTERS/DoD/Shane T. McCoy/Handout.
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O Brasil não está na lista. De acordo com a organização, os 54 países participaram do programa de diversas maneiras, inclusive abrigando prisões secretas em seu solo, ajudando a capturar ou a transportar suspeitos, interrogando ou torturando detentos. Outros ainda colaboraram fornecendo informações ou autorizando sobrevoos secretos da CIA.

“Ao participar dessas operações, os governos violaram não apenas o direito internacional como o de seus próprios territórios, além de ignorar as regras contra a tortura”, afirma o relatório. “Isso é não somente ilegal e imoral como ineficaz para a obtenção de informações confiáveis.”

Países europeus como a Alemanha, o Reino Unido, a Espanha e a Itália constam no estudo. A Itália é o único país onde um tribunal condenou os responsáveis pela participação nestas operações, e somente o Canadá pediu desculpas a uma das vítimas destes programas. Além dos canadenses, também britânicos e australianos pagaram indenizações a vítimas de abusos durante os procedimentos.

O relatório critica os Estados Unidos por terem investigado de uma forma “muito limitada” os maus tratos aplicados a detentos suspeitos de terrorismo e não terem jamais aberto um processo para punir os responsáveis. O governo de Barack Obama não parece ter renunciado às práticas de prisões secretas e se recusa a publicar documentos deste programa da CIA.

O novo diretor da agência, John Brennan será questionado na quinta-feira pelo Congresso antes de ter a sua nomeação confirmada. Hoje, Brennan pediu aos países europeus agirem diante da ameaça representada pelo grupo xiita libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã. A Bulgária determinou que foi o movimento radical o responsável por um atentado contra israelenses em julho do ano passado, matando seis pessoas. O ataque ocorreu no aeroporto de Burgas, no leste da Bulgária.

“Trata-se de um grupo terrorista que busca atacar impunemente homens, mulheres e crianças inocentes, e que representa uma ameaça crescente não apenas para a Europa, como para todo o mundo”, afirmou Brennan.
 

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