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Japão/Tsunami

Dois anos depois, japoneses lembram tragédia de Fukushima

Os japoneses fizeram hoje um minuto de silêncio às 14 horas e 46 minutos, no horário local, exatamente dois anos depois do violento terremoto seguido por um tsunami que fez milhares de vítimas e provocou o acidente nuclear de Fukushima. Uma centena de vítimas vai entrar na Justiça contra a empresa Tecpco, que administra a central.

Segundo aniversário da catastrofe de Fukushima. Evento nacional na presença do imperador Akihito e sua esposa, além do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Segundo aniversário da catastrofe de Fukushima. Evento nacional na presença do imperador Akihito e sua esposa, além do primeiro-ministro Shinzo Abe. REUTERS/Junji Kurokawa/Pool
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A catástrofe de Fukushima, que ocorreu no nordeste do país, deixou no total 15.881 mortos e 2.668 desaparecidos. Outras 2.554 pessoas morreram em consequência da degradação de suas condições de vida, segundo o último balanço oficial divulgado pelas autoridades japonesas.

Em Tóquio, o imperador Akihito prestou homenagem à memória das vítimas durante uma comemoração nacional na presença do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que se comprometeu a construir um Japão mais resistente aos desastres e pediu o apoio da população. Desde seu retorno ao poder em dezembro, o líder da direita japonesas já visitou três vezes a região afetada pela tragédia. Seu predecessor de centro esquerda havia sido muito criticado pela maneira como havia reagido ao desastre.

Na usina nuclear Fukushima Daiichi, onde quatro dos seis reatores foram destruídos pelo tsunami, a situação está estabilizada, mas serão necessários 40 anos para desmontar as instalações. A população ainda se preocupa com os efeitos da radioatividade na saúde, apesar das pesquisas divulgadas pelo governo demonstrando que não há riscos.

A associação de Defesa do meio ambiente Greenpeace acusou o governo japonês de não dar apoio suficiente aos refugiados que foram obrigados a abandonar suas casas, afetadas pela radiação. Várias manifestações foram organizadas neste fim de semana no Japão para exigir o abandono da energia nuclear. O governo quer reativar os reatores considerados seguros após novos testes. Atualmente, somente duas das 50 unidades do país estão em funcionamento.

Vítimas entram na Justiça

Pelo menos 800 pessoas vítimas do acidente nuclear de Fukushima entraram com um ação coletiva na Justiça japonesa para exigir que a Tepco, empresa que controla a central, acelere o trabalho de descontaminação da área.Os habitantes da região exigem que a empresa pague 50 mil yens por pessoa até que a região afetada esteja totalmente livre do lixo radioativo. O trabalho de desmantelamento das centrais deverá levar entre 30 e 40 anos. O governo japonês ainda não sabe quando a população poderá voltar para suas casas.

 

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