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Egito/massacre

Comunidade internacional condena massacre no Egito e país decreta estado de emergência

Diversos países condenaram a intervenção da polícia hoje no Egito, que retirou à força partidários do ex-presidente Mohammed Mursi de duas praças no Cairo. Pelo menos 149 pessoas morreram até agora e 2200 ficaram feridas. Em Suez e na província de Fayoum, os incidentes envolvendo os pro-Mursi também deixaram 22 mortos. O país decretou estado de urgência por um mês e decretou toque de recolher em 11 províncias.

Policiais egípcios desertam área ocupada por manifestantes da Irmandade Muçulmana, uma ação ocorrida nesta quarta, 14 de agosto de 2013, que resultou em dezenas de mortos.
Policiais egípcios desertam área ocupada por manifestantes da Irmandade Muçulmana, uma ação ocorrida nesta quarta, 14 de agosto de 2013, que resultou em dezenas de mortos. REUTERS/Stringer
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A União Europeia julgou extremamente preocupantes as informações sobre o massacre no Cairo, e pediu às autoridades egípcias que colocassem um fim na violência. O ataque das forças de segurança do país deixou pelos 124 pessoas mortas nesta manhã. Oficialmente, 60 cadáveres foram levados para o hospital da cidade, a maior parte vítimas de tiros. O Ministério da Saúde já confirmou oficialmente 95 mortes.

O tumulto começou quando os policiais esvaziaram os acampamentos dos partidários do presidente deposto Mohamed Mursi, acampados há dias nas praças Nahda e Rabaa al-Adawiya no Cairo. "A violência não levará a lugar nenhum", disse Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que depois pediu que ambas as partes evitassem "novas provocações. "

A França também deplorou a violência, de acordo com um comunidado divulgado pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Para os franceses, a solução para a crise política no Egito "passa pelo diálogo."O chanceler britânico William Hague também condenou a violenta dispersão das autoridades egípcias e se disse "profundamente preocupado com a situação", lamentando as mortes de ambos os lados."

O secretário-geral da ONU Ban Ki Moon também divulgou um comunicado, onde "lamenta que as autoridades egípcias tenham escolhido a força como resposta às manifestações."

Turquia, Catar e Irã também reagem

A Turquia também condenou a intervenção da polícia, e fez um apelo para que as autoridades egípcias interrompessem o massacre "imediatamente." O premiê Recep Tayyp Erdogan pediu em um comunicado uma ação da ONU, da Liga Árabe e da comunidade internacional. A Turquia considera a destituição de Mursi um golpe de estado.

O Catar, principal aliado da Irmandade Muçulmana, também denunciou a intervenção da polícia egípcia contra os partidários de Mursi, condenando o ataque contra manifestantes pacíficos, "que resultou na morte de inocentes sem armas." O Irã também divulgou um comunicado, onde fala sobre o risco de guerra civil no país.

Cinegrafista da Sky News morre no Cairo

Um cinegrafista da Sky News foi morto com um tiro durante os confrontos no Cairo, de acordo com o canal de TV. Mick Deane, 60 anos, era pai de dois filhos e trabalhava há 15 anos na empresa, segundo um comunicado.
 

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