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Síria/Conflito

Síria autoriza ONU a investigar suposto ataque químico

O regime da Bashar al-Assad aceitou neste domingo, 25 de agosto de 2013, que os representantes da ONU investiguem imediatamente o suposto uso de armas químicas na periferia de Damasco. A autorização foi divulgada por um comunicado do ministério sírio das Relações Exteriores. A pressão internacional contra Damasco aumenta por causa desse ataque.

Rebeldes com máscaras recolhem provas do uso de armas químicas na periferia de Damasco, no dia seguinte do ataque de 21 de agosto de 2013.
Rebeldes com máscaras recolhem provas do uso de armas químicas na periferia de Damasco, no dia seguinte do ataque de 21 de agosto de 2013. REUTERS/Bassam Khabieh
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O governo sírio e as Nações Unidas chegaram a um acordo durante a visita da Alto Representante da ONU para o Desarmamento, Angela Kane, a Damasco. Ela chegou ao país ontem. O acordo permite que a equipe da ONU, dirigida pelo professor Aake Sellström, tenha acesso imediatamente à periferia de Damasco onde o suposto ataque com armas químicas ocorreu, na última quarta-feira.

Segundo a ONG francesa Médicos Sem Fronteiras, 355 pessoas apresentando “sintomas neurotóxicos” morreram e 3 mil e 600, apresentando os mesmos sintomas deram entradas em hospitais sírios. A oposição acusa o regime pelo ataque químico. O governo de Bashar al-Assad nega categoricamente o uso de gases tóxicos.

Pressão internacional

A comunidade internacional parece convencida da responsabilidade do regime de Bashar al-Assad. O presidente francês, François Hollande, disse que “tudo leva a crer que o ataque do dia 21 de agosto foi um ataque químico orquestrado pelo regime sírio”. Estados Unidos e Grã-Bretanha começaram a estudar neste final de semana opções militares para intervir na Síria. “A utilização de armas químicas merece uma resposta séria de comunidade internacional”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro britânico.

O papa Franciso denunciou hoje a “multiplicação dos massacres e atrocidades” na Síria. Ele pediu que a comunidade internacional encontre uma solução para acabar com a violência armada no país.

Ao mesmo tempo que cedeu e autorizou a inspeção do local do ataque, Damasco advertiu hoje que “qualquer intervenção americana contra a Síria provocaria uma onda de violência em todo Oriente Médio.”
 

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